Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Busnello, Maristela Borin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4959
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Resumo: |
Os grupos de mulheres do meio rural se constituem em espaço de educação não formal e em sua organização se desenvolvem práticas educativas. Considerando este contexto, nesta tese de doutorado busco estudar de que forma os grupos de mulheres vinculados a um projeto de educação-extensão no meio rural, produzem espaço educativo e de cuidado. Apresento os elementos teóricos que situam a tese na confluência temática do debate sobre a saúde, a alimentação e a educação. Contextualizo o debate a respeito da saúde, a sua promoção e a educação nos espaços grupais, visualizando estes espaços como conformadores de práticas e potencializadores de mudança. Trago, ainda, elementos conceituais sobre a alimentação e a nutrição como categorias consideradas nas ações e práticas educativas. Tendo presente estes elementos, amparada nos pressupostos de Freire e da educação popular em saúde, investiguei como ocorrem as práticas educativas em um grupo de mulheres vinculado a um projeto de educação-extensão no meio rural de Ijuí. Na pesquisa participante utilizei diferentes estratégias para aproximação ao campo empírico. Além da observação participante junto ao grupo e registros no caderno de campo, desenvolvi um grupo focal e entrevistei os educadores envolvidos nas ações do projeto. A partir destas análises, defendo a compreensão de que os espaços grupais são espaços educativos onde convivem diferentes compreensões de educação. Quando o grupo considera e utiliza estratégias participativas, o diálogo e as realidades vivenciadas por cada uma das mulheressujeito do grupo pode-se alcançar empoderamento e provocar mudança. Aponto ainda, que, por ser espaço de encontro e de vivência, no grupo se estabelecem laços de solidariedade os quais potencializam o cuidado de si. Identificam-se entre as mulheres do grupo o pertencimento e a mobilização para “estar” neste local e se constituírem-se como sujeitos com identidade. Identifico ainda que o espaço grupal tal qual o vivenciado pelos grupos de mulheres, pode se manter como espaço de resistência ao cotidiano conformador e se constituir em espaço de esperança ao alcance de outros modos de pensar/fazer as relações com a produção de alimentos e a alimentação, com a vida de modo mais digno e responsável. |