Inter-relações sociopedagógicas na formação docente e na constituição do conhecimento de professor da educação profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vieira, Marilandi Maria Mascarello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6071
Resumo: A pesquisa versa sobre formação de professores para a educação profissional e o objetivo foi analisar as inter-relações sociopedagógicas que condicionam o processo de formação dos seus professores, visando compreender como elas definem a constituição do conhecimento de professor. A investigação teve como aporte teórico os estudos de Shulman (1986, 2005), Fleck (2010) e Chevallard (1998), além dos pesquisadores da educação profissional. Trata-se de pesquisa qualitativa, de campo e a técnica utilizada foi o estudo de caso instrumental. O lócus para produção dos dados foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Câmpus Sertão, efetivado por meio da análise documental, entrevistas e observação das aulas de dez professores que atuam nos cursos técnicos de nível médio da instituição. Os dados foram analisados mediante a Análise Textual Discursiva, de Moraes; Galiazzi (2013). Os resultados apontam que, na ausência de formação para a docência, são múltiplas as fontes de aquisição dos conhecimentos bases para o ensino e a constituição docente vai sendo tecida por meio da interação com os outros em diferentes tempos e espaços sociais, especialmente por meio da inserção em coletivos de pensamento (Fleck, 2010) com quem os docentes compartilham estilos de pensamento que se tornam determinantes na sua constituição e atuação posterior na docência. Destacaram-se, como fontes de conhecimentos, as situações vivenciadas na formação acadêmica, a experiência profissional na área e o exercício da docência, que fornecem subsídios para a prática educativa. A formação para a docência, embora se reconheça as suas contribuições, é secundarizada. Os dados indicam o uso de diferentes estratégias de didatização no enfrentamento dos desafios da prática docente, e podemos constatar a presença do conhecimento pedagógico do conteúdo e do modelo de raciocínio e ação pedagógica, de Shulman, além de elementos da transposição didática, de Chevallard. A docência na educação profissional, entretanto, tem singularidades, pois exige a vivência de situações práticas da profissão como subsídio para a organização do processo ensinoaprendizagem, especialmente os processos ligados às habilidades profissionais. No tocante à didática da educação profissional, embora se reconheça necessária, não há um corpo de conhecimentos sobre os processos de aprendizagem dos saberes técnicos, suficiente para embasar sua elaboração, que permanece como uma porta entreaberta