Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Cabrera Vuolo, Roseliz Abud
 |
Orientador(a): |
Vinha, Dionísio
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
|
Departamento: |
Pós-Graduação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/530
|
Resumo: |
A audição é uma função sensorial que permite vivenciar experiências sonoras e desenvolver a linguagem que propicia a interação entre as pessoas e destas com o ambiente. A sensação auditiva condiciona o estado psicossomático dos seres humanos, influencia na sua atividade profissional e determina a capacidade produtiva, constituindo um fator sócio-econômico relevante. A multiplicação de fontes de emissão de sons e o advento da revolução industrial, sem a devida valorização da função auditiva, resultaram na grande dificuldade atual de assegurar à população a proteção contra um dos piores agentes agressores da audição: o ruído. Populações expostas ao ruído apresentam morbidade e mortalidade aumentadas devido à maior propensão das pessoas ao estresse e doenças psicossomáticas. O ruído prejudica principalmente os trabalhadores expostos a condições sonoras insalubres no local de trabalho, onde a intensidade elevada do ruído ambiental e a exposição diária prolongada fazem com que apresentem quadro clínico caracterizado por perda auditiva induzida por ruído (PAIR), que constitui atualmente um dos maiores problemas de Saúde Pública. A fim de verificar a prevalência do efeito do ruído ocupacional sobre a audição, foram analisados exames audiométricos de 100 trabalhadores de uma indústria de beneficiamento de algodão, sexo masculino, com idades de 20 a 60 anos e tempo de serviço até 30 anos. Os exames foram realizados após um período de repouso auditivo mínimo de 14 horas; os trabalhadores foram submetidos a anamnese, inspeção do meato acústico externo e a determinação dos limiares auditivos pelas vias aéreas (nas frequências de 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000Hz) e óssea (nas frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000Hz) em ambas as orelhas. Os resultados mostraram significativa perda auditiva, sugestiva de PAIR, em 39% dos trabalhadores examinados (p<0,05), 34% com entalhe audiométrico e 27% com audição normal. Ocorre sensível agravamento da perda auditiva (p<0,05) com o aumento da idade dos trabalhadores. Os audiogramas mostraram que a perda auditiva também se agrava com o aumento do tempo de serviço (p<0,05). Conclui-se que: o efeito nocivo do ruído ocupacional é mais intenso quanto maior é a idade e quanto mais prolongado é o tempo de serviço dos trabalhadores. É preciso maior conscientização dos trabalhadores, das indústrias e da população em geral quanto aos efeitos nocivos do ruído sobre o organismo, pois, embora existam regulamentações para a prevenção, a prevalência de perda auditiva, sugestiva de PAIR, ainda é muito elevada. |