Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luciana de Araújo Mendes
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Orientador(a): |
Andrade, Mônica de
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Banca de defesa: |
Robazzi, Maria Lúcia do Carmo Cruz
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Cesario, Manuel
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/848
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Resumo: |
A promoção da saúde propõe-se, como campo conceitual e de prática, a estabelecer relações entre saúde e desenvolvimento humano sustentável, incluindo as condições de saúde no trabalho. Entre as categorias trabalhistas, a de coletores de resíduos sólidos urbanos é tida, de acordo com a legislação, como uma das de maior insalubridade. Neste estudo descritivo, foi feita a caracterização do perfil sócio-econômico, das condições de trabalho e de saúde dos coletores de resíduos sólidos urbanos, assim como do gerenciamento desses resíduos em Patos de Minas/MG. Foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas a todos os coletores e aos gestores do município, com objetivo de subsidiar ações de promoção de saúde. Os resultados obtidos demonstram que a equipe responsável pela coleta de resíduos é constituída por 27 trabalhadores e o gerenciamento municipal é realizado por três profissionais. A coleta de resíduos é realizada por um consórcio de duas empresas, SEMOP/LIMPEBRAS, que operam no município desde agosto de 2004. Todos os coletores são do sexo masculino, com predomínio da faixa etária entre 20 a 29 anos, e 19 afirmaram morar com companheiras. Quanto ao nível de instrução, 12 não apresentam o ensino fundamental completo e o nível sócio-econômico do grupo é baixo. Com relação à capacitação para a função, 17 coletores referiram não terem participado antes e 16 não participaram após iniciar na ocupação e quanto ao EPIs e uniforme, todos os coletores os recebem e utilizam. Os tipos de coleta no trabalho incluem resíduos domiciliares, de varredura, industriais, comerciais e de feiras, que são acondicionados predominantemente em sacos ou sacolas plásticas. Os riscos no trabalho citados incluem acidentes de trânsito, cortes e perfurações e os acidentes ocorridos mais citados foram cortes e perfurações (60), acidentes com veículo coletor (14), atingindo especialmente os membros superiores. Os coletores não possuem Plano de Saúde e citam doenças que os acometeram após o ingresso na ocupação, sendo quatro relacionadas ao trabalho (micose e doença da coluna vertebral). Os maiores problemas enfrentados pelos coletores são a forma de tratamento pela população, a segregação e acondicionamento dos resíduos e as condições próprias dessa ocupação. O depósito de resíduos do município é um aterro controlado, com valas separadas para os resíduos dos serviços de saúde, embora, por vezes, passam ser encontrados misturados aos domiciliares. Os gases resultantes da decomposição são liberados na atmosfera e queimados em tubos e o chorume não é tratado, o que, num longo prazo pode vir a causar impactos ambientais importantes. Os gestores têm procurado realizar melhorias no depósito de resíduos, no entanto, não há projetos de reciclagem ou de educação ambiental em andamento. Além do mais, nas condições atuais, os coletores de resíduos estão sob sério risco de acidentes de trabalho. Palavras-chave: coletores de resíduos; condições de trabalho; promoção de saúde. |