Política de educação integral no Estado do Pará: aspectos de sua implementação na rede estadual de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Sandra Suely Lopes Souto da lattes
Orientador(a): Silva, Vandré Gomes da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado Profissional em Formação de Gestores Educacionais
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/309
Resumo: O trabalho objetivou compreender a implementação da política de Educação Integral no Estado do Pará em uma unidade escolar da rede estadual de ensino, com base nas percepções da direção escolar, da equipe de gestão e dos professores. Para tanto, foi adotado, como referencial teórico, estudos da educação integral a partir de autores como Cavaliere (2002), Moll (2009), Coelho (2009), além de estudos sobre implementação de políticas públicas, como os de Parente (2016) e Lotta (2014). A pesquisa, de caráter qualitativo, se deu por meio da pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas junto a técnicos da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), gestores da escola e professores. Foram entrevistados os seguintes atores: coordenadora pedagógica do órgão-sede, gestora da Unidade SEDUC na escola, diretora, coordenadora e 9 professores da escola lócus da pesquisa, perfazendo um total de 13 profissionais. Para analisar os dados foi adotada a técnica “análise de conteúdo” (BARDIN, 1977). Foram definidas categorias prévias elaboradas de acordo com a literatura estudada: a adesão à política de educação integral e os desafios enfrentados; compreensão e percepção da proposta pelos agentes de implementação; capacitação e formação dos sujeitos envolvidos na escola de tempo integral; condições estruturais da política de educação integral; discricionariedade e interação dos agentes de implementação. O estudo concluiu que a adesão ao programa não foi total, havendo resistência por parte de alguns professores, as quais se mostram relacionadas a crenças pré-existentes sobre a forma de organização escolar e de efetivar o ensino na sala de aula. O principal desafio apontado pelos entrevistados remetem à necessidade de capacitação regular por parte do órgão central, bem como de adequação dos espaços físicos para atender à educação integral. Os dados coletados indicam que os agentes de nível micro procuram responder aos desafios da infraestrutura no cotidiano do ambiente escolar, de forma autônoma, incluindo a falta de um apoio mais efetivo da SEDUC, fazendo uso de discricionariedade. Foi possível verificar engajamento e cooperação por parte dos profissionais entrevistados na busca de meios para a superação das dificuldades encontradas.