Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Menegassi, Cláudia Herrero Martins
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Orientador(a): |
Fernandes, Bruno Henrique Rocha
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Positivo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2787
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Resumo: |
O objetivo desta tese foi elaborar uma teoria substantiva fundamentada nos dados que explicasse como são socialmente construídos os recursos constitutivos da gestão de empresas baseada na Economia de Comunhão. A área substantiva que motivou esta pesquisa é composta pelas empresas que adotam a abordagem da Economia de Comunhão (EdC) em sua gestão, que possui certa estrutura formal de apoio e que preserva a liberdade dos empresários de adequá-la às suas empresas. A Resource-Based View (RBV) é uma teoria que traz importantes contribuições acerca da análise dos recursos e, por isso, foi utilizada como mecanismo de sensibilização teórica para a elaboração da teoria substantiva. Todavia, por ter uma lógica funcionalista, a RBV não permite a análise da construção social dos recursos, o que exigiu a geração de uma teoria fundamentada nos dados – Grounded Theory – com bases construtivistas para responder o problema de pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com doze empresários de nove empresas de EdC e análise documental, considerando também os memorandos e notas de campo. Para a análise dos dados realizei a codificação aberta, axial e seletiva, em um processo concomitante e recursivo, que gerou a necessidade de novas amostragens teóricas. Do resultado das análises emergiram sete categorias: (i) influência axiológica; (ii) cultura de comunhão; (iii) hábitos e costumes que retroalimentam a gestão de EdC; (iv) bens relacionais; (v) empirismo e adequação; (vi) ética; e (vii) fé. A categoria central identificada foi a influência axiológica. A partir do estabelecimento de relações entre as categorias e delas com a categoria central, surgiram as proposições da Teoria Axiológica de Comunhão – a teoria substantiva gerada nesta tese. Essa teoria explica que a influência axiológica dos empresários e a cultura de comunhão são os elementos determinantes para a construção social dos recursos constitutivos da gestão de EdC. Os empresários desempenham, então, o papel daquele que interpreta, age e promove a interação tanto entre os próprios recursos – que por vezes, quando combinados, geram outros recursos – quanto entre os stakeholders, influenciando diretamente na construção social dos recursos que constituem a gestão de EdC em suas empresas. São eles que motivam e articulam recursos e pessoas, originando uma abordagem própria de gestão de EdC. O conceito de recurso foi revisitado, a fim de estabelecer coerência com os pressupostos epistemológicos e com as proposições da teoria substantiva, permanecendo como: os elementos que – por meio de seu conjunto de serviços – constroem, caracterizam e constituem a gestão de empresas baseada na Economia de Comunhão. A teoria foi avaliada segundo os critérios de relevância, grau de coerência, integração, densidade, funcionalidade, flexibilidade e comparação com a literatura, que foram satisfatoriamente atendidos. Além da contribuição teórica, a Teoria Axiológica de Comunhão oferece uma contribuição prática ao esclarecer aos empresários da Economia de Comunhão o seu papel como ator na construção social dos recursos que constitutivos da gestão de EdC, o que poderá resultar em um maior direcionamento no tocante à gestão de EdC em suas empresas. |