Movimento dirigido ao alvo do membro superior ipsilesional em indivíduos com ombro doloroso hemiplégico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Borges, Heloise Cazangi lattes
Orientador(a): Alouche, Sandra Regina lattes, Liebano, Richard Eloin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/882
Resumo: Introdução: O ombro doloroso hemiplégico é comum após acidente vascular encefálico (AVE). A percepção de dor pode exacerbar as alterações do comportamento motor do membro superior ipsilesional, contribuindo para o declínio funcional do indivíduo. Objetivo: Este estudo avaliou a influência da percepção de dor no desempenho do movimento dirigido ao alvo realizado com o membro superior ipsilesional em indivíduos com AVE unilateral, crônicos. Método: Foi conduzido um estudo transversal, com 41 indivíduos divididos em três grupos: AVE com ombro doloroso contralesional ≥ 3 pela Escala Visual Numérica de Dor (AVEd; n=13), AVE sem dor no ombro (AVEsd; n=14) e controle sadios (CT; n=14) pareados em relação ao gênero e idade. Os indivíduos com AVE foram pareados quanto à severidade do comprometimento sensório-motor pela subescala de membro superior de Fugl-Meyer e ao hemisfério lesado. Os participantes realizaram movimentos dirigidos ao alvo com o membro superior ipsilesional, ou com o correspondente para o grupo CT, com auxílio de uma ponteira sobre a superfície sensível de uma mesa digitalizadora. O desempenho entre os grupos foi comparado pela análise de variância one-way, considerando-se o tempo de lesão como covariável. As variáveis de planejamento e execução do traçado foram analisadas e uma significância de 5% adotada. Resultados: Os participantes do grupo AVEd foram mais lentos (p=0,010), menos suaves (p=0,002), tiveram maior erro de direção inicial (p=0,002) e menor acurácia (p=0,038) do que do grupo CT, porém foram capazes de manter a precisão do movimento. As variáveis não apresentaram diferenças significativas entre os grupos AVEd e AVEsd apesar de observar ligeiro prejuízo maior do desempenho motor nos indivíduos com dor. Conclusão: A percepção de dor traz prejuízo ao desempenho do movimento dirigido ao alvo realizado com o membro superior ipsilesional em indivíduos pós-AVE unilateral, em fase crônica.