Percepção da gravidez em grupo de adolescentes grávidas de Paracatu - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rocha, Rosângela Malard Neves lattes
Orientador(a): Bittar, Cléria Maria Lobo lattes
Banca de defesa: Soares, Ana Cristina Nassif lattes, Silva, Rosalina Carvalho da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/625
Resumo: A adolescência é uma fase na qual as alterações físicas, psíquicas e sociais acontecem de forma mais acentuada. Ao vivenciar estas transformações o jovem torna-se vulnerável, e, muitas vezes, não consegue enfrentar os momentos de crise, principalmente na ocorrência de uma gravidez. A pesquisa visou à análise e compreensão da percepção da gravidez na adolescência por um grupo de adolescentes da cidade de Paracatu-MG. Buscou-se conhecer as expectativas, medos e dúvidas a respeito desta realidade. Realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, numa unidade de Estratégia da Saúde da Família (ESF) com sete gestantes de até 20 anos incompletos em maio de 2009. O trabalho constou de uma entrevista inicial e uma final após quatro encontros nos quais se debateram assuntos relacionados à gravidez e aos sentimentos gerados a partir da constatação desta. Nas entrevistas iniciais todas disseram já ter usado algum método contraceptivo, mas a partir dos encontros o que se constatou foi distinto. Observou-se que por ocasião da concepção, disseram que não se preocuparam com a possibilidade de uma gravidez e muito menos com as doenças sexualmente transmissíveis. Todas disseram ter aceitado a gravidez, mas, cinco reconheceram que se tivessem tido mais orientação, não teriam engravidado neste momento. As falas e depoimentos escritos das gestantes foram agrupados em categorias: a) sentimentos frente à gravidez; b) mitos, tabus e crenças; c) perspectivas futuras. Diante das informações obtidas, concluímos que a gravidez na adolescência, muitas vezes não é indesejada pelas adolescentes, e toda orientação em relação à vivência da sexualidade nesta fase, deve ser trabalhada de forma multiprofissional. É pertinente que se elaborem estratégias para que as jovens compreendam os aspectos que envolvem a sexualidade na adolescência e algumas de suas conseqüências, como o relacionamento com seus parceiros, a prevenção de DST/AIDS e gravidez, orientando-as para lidarem com a vulnerabilidade própria da idade, usando como recurso os encontros grupais que devolvem o protagonismo a estas jovens. Outra conseqüência do trabalho em grupo com esta finalidade de atenção aos jovens, diz respeito às possibilidades que se abrem aos profissionais de saúde, capacitando-os a um atendimento mais humanizado despido de preconceitos.