Atos violentos e mediação de conflitos na educação superior: da reflexão à ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Ana Paula Correia de
Orientador(a): Ribeiro, Vanda Mendes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Formação de Gestores Educacionais
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/805
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa é elaborar propostas que apoiem o Centro Universitário do Distrito Federal - UDF na introdução de mecanismos de mediação de conflitos que contribuam para o aprimoramento do ambiente escolar do Centro Universitário do Distrito Federal - UDF. Trata-se de estudo qualitativo exploratório. Foram analisados os livros de ocorrências e os processos disciplinares instaurados no período de 2016 a 2018, para identificar quais os tipos de conflitos que ocorrem na instituição e quais os mecanismos que atualmente existem com o objetivo de lidar com tais conflitos. Depois de analisados os documentos institucionais, os dados obtidos foram tabulados a partir das categorias prévias elaboradas por Vóvio et. al. (2016) e adaptada à educação superior. Neste estudo, conflito foi compreendido como uma consequência natural da vida em sociedade, o qual se origina da defesa das diferentes posições defendidas frente a outras à luz de Álvaro Chrispino (2007). E violência, conceituado como um fenômeno relativo, por ser resultado de uma construção social, na qual dependerá de uma série de fatores, como o contexto histórico e cultural, dentre outros, que atribuem um caráter de dinamismo e mutabilidade próprios dos acontecimentos sociais, considerando os apontamentos de Abramovay (2006). Conclui-se que, dentre os conflitos e atos violentos registrados, prevalece, com 61% das ocorrências, os atos violentos “à” IES e que 21% desses registos foram referentes a depredações e 37% referentes a furtos ou roubos do patrimônio institucional. Ou seja, 58% dos atos violentos sofridos pela Instituição são de ordem patrimonial e que a violência patrimonial corresponde a 38% dos todos registros catalogados; a violência física corresponde a 10%; a violência moral (ou simbólica) corresponde a 33% e os atos não violentos que prejudicam a IES correspondem a 12,8%. Constatou-se também que não existe qualquer instrumento normativo acerca das formas de resolução de conflitos institucionais. Diante dos dados encontrados, é apresentada uma proposta em que se sugere a introdução do tema “mediação de conflitos” na comunidade acadêmica; a capacitação dos membros da Comissão Disciplinar para a prática da mediação de conflitos; a implementação de iniciativas que incentivam o sentimento de pertencimento à IES e; o desenvolvimento de uma linha de gestão democrática.