Tempo de amamentação e hábitos de sucção não nutritivos em três grupos de crianças brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Azevedo, Camilla Moura lattes
Orientador(a): Scavone Jr., Helio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Ortodontia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1238
Resumo: Com base na investigação de três grupos amostrais de crianças brasileiras, quais sejam, leucodermas (brancas), faiodermas e melanodermas (pardas e negras) e xantodermas (nipo-brasileiras), este estudo será desenvolvido com os seguintes objetivos: 1 - comparar as prevalências referentes aos períodos de amamentação exclusiva, assim como as prevalências e as médias de idade para a interrupção de hábitos de sucção não nutritivos (sucção digital e/ou de chupeta); 2 - analisar a associação entre a duração da amamentação exclusiva e a prevalência de hábitos de sucção não nutritivos. Com relação à amostra investigada, o primeiro grupo englobou 510 crianças brasileiras brancas (265 do gênero feminino e 245 do masculino), o segundo grupo compreendeu 568 crianças brasileiras pardas e negras (267 do gênero feminino e 301 do masculino), enquanto que o terceiro grupo amostral incluiu 405 crianças nipo-brasileiras (203 do gênero feminino e 202 do masculino). Para todas as crianças avaliadas foram analisados os questionários respondidos pelos seus pais e/ou responsáveis sobre os hábitos de sucção pesquisados, nutritivos e não nutritivos. Nos três grupos amostrais, as crianças apresentavam-se na fase da dentadura decídua completa, no período dos 2 aos 6 anos de idade, e encontravam-se matriculadas em diversas escolas públicas e privadas no estado de São Paulo. A análise estatística descritiva consistiu no cálculo das prevalências referentes aos períodos de amamentação exclusiva, bem como as prevalências dos hábitos de sucção digital e/ou de chupeta, separadamente para os gêneros masculino e feminino, para cada um dos três grupos investigados. Em seguida, aplicou-se o teste do qui-quadrado (p<0,05) para a avaliação de possíveis diferenças entre os três grupos amostrais, quanto à duração dos períodos de amamentação e quanto á prevalência dos hábitos de sucção digital e de chupeta. Em seguida, foi utilizado o teste “t” de student para comparar as médias das idades de interrupção e de persistência dos hábitos não nutritivos, entre os três grupos. Adicionalmente, foi aplicado o modelo de regressão logística para investigar a associação entre a duração da amamentação exclusiva e a prevalência dos hábitos de sucção não nutritivos, assim como o dimorfismo entre os gêneros quanto às suas prevalências. Nos casos em que foram constatadas associações estatisticamente significantes, calculou-se também a razão de chances (odds ratio). Os resultados evidenciaram que a duração dos períodos de amamentação não diferiu significativamente entre as crianças brasileiras leucodermas e as faiodermas/melanodermas, porém foram maiores para as xantodermas (nipo-brasileiras). Com relação à prevalência do hábito de sucção de chupeta, assim como para suas idades de interrupção e persistência, não foram observadas diferenças significativas entre os gêneros masculino/feminino e entre as crianças leucodermas e as faiodermas/melanodermas; contudo, revelaram-se menores para as xantodermas. Por outro lado, a prevalência do hábito de sucção digital apresentou-se superior no gênero feminino e, além disso, revelou-se significativamente maior para as crianças xantodermas, em relação às leucodermas e às faiodermas/melanodermas. Entretanto, não foram observadas diferenças significativas relacionadas às médias para as idades de interrupção e de persistência do referido hábito, entre os três grupos de cor de pele. Concluiu-se que a prevalência de sucção de chupeta foi significativamente menor nas crianças amamentadas por mais de 6 meses e, de forma ainda mais acentuada, naquelas amamentadas por mais de 9 meses, pois estas últimas revelaram uma razão de chances 7,18 vezes menor para aquisição deste hábito.