Qualidade do ar no museu Oscar Niemeyer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carneiro, Bárbara Heliodora Bilyk lattes
Orientador(a): Godoi, Ricardo H. M. lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2358
Resumo: Tão importante quanto a preservação do meio ambiente para as futuras gerações é a preservação do patrimônio histórico cultural. A poluição atmosférica não é um perigo apenas para a natureza e saúde humana, ela também está associada à aceleração de degradação de diversos tipos de heranças culturais, tanto o patrimônio arquitetônico quanto os bens móveis. Por este motivo, estudos sobre a presença de poluentes atmosféricos, especialmente no ambiente interno de museus vêm sendo feitos em todo o mundo. Estes estudos são essenciais para um conhecimento da atmosfera interna do museu, assim como para a orientação de seus gestores para instituição de medidas preventivas de conservação. O museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, no estado do Paraná, é uma estrutura moderna e recente, que possui um amplo acervo de arte moderna e contemporânea, e também recebe exposições de outros Estados assim como de outros países. No presente estudo, caracterizou-se a atmosfera interna do Museu Oscar Niemeyer, o espaço onde ficam expostas as obras de arte. Foram coletadas amostras de poluentes gasosos facilmente encontrados na atmosfera urbana (NO2, SO2, O3, HAc, Hfor, BTEX) utilizando-se amostradores passivos, e amostras de material particulado suspenso na atmosfera. As amostras de gases foram analisadas através de cromatografia iônica e cromatografia gasosa. Já as amostras de material particulado foram analisadas através de espectrometria de fluorescência de Raios-X dispersiva para determinar a concentração dos elementos nas partículas totais. Para a determinação de suas composições individuais foi utilizado um microscópio eletrônico de varredura acoplado a uma micro-sonda. Os valores obtidos encontram-se em sua maioria abaixo do máximo recomendado (NO2 8,1 µg m-3, SO2 0,57 µg m-3, O3 2,2 µg m-3, valores médios). Os valores encontrados para BTEX ficaram próximos às concentrações encontradas destes poluentes em outros museus, exceto o m + p xileno (16,6 µg m-3) e o o-xileno (38,5 µg m-3), que ficaram com concentrações mais elevadas devido a pintura de uma sala nas proximidades do local de amostragem. As concentrações observadas para o material particulado total no interior do museu foram menores que as observadas no exterior, e aquelas consideradas mais agressivas, contendo S, Cl e Fe, ficaram com valores médios abaixo de 60 ng m-3. A abundância relativa das partículas individuais consideradas mais nocivas, orgânicas, fuligem, ricas em Fe e CaSO4 também ficaram próximas a valores encontrados em diferentes museus. As concentrações encontradas foram então comparadas com os valores encontrados para os mesmos poluentes em outros grandes museus mundiais, assim como com as concentrações máximas recomendadas por institutos internacionais de conservação de patrimônio histórico cultural. Com base nos dados obtidos pela pesquisa foram feitas algumas sugestões de ações que podem, quando necessário, minimizar a presença de poluentes na atmosfera do museu.