Imobilização de consórcios de bactérias degradadoras de petróleo extraídas da rizosfera de plantas fitorremediadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Homan, Suellyn lattes
Orientador(a): Maranho, Leila Teresinha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2601
Resumo: O petróleo constitui uma das mais importantes fontes de energia mundial, porém também é uma das causas mais agravantes da poluição ambiental, porque são comuns derramamentos, vazamentos e eliminação inadequada de resíduos, em que o petróleo entra em contato com o ambiente, no qual pode persistir por longos períodos. É necessário, portanto, o desenvolvimento de métodos de tratamento, dentre os quais, destaca-se a biorremediação. Esta trata-se de um método eficiente e de baixo custo, caracterizado pelo uso de micro-organismos para degradar contaminantes em compostos com menor toxicidade. Para otimizar este processo, estes micro-organismos podem ser combinados, produzindo-se consórcios, com a possibilidade de degradar completamente os resíduos. Além disso, esses consórcios podem ser imobilizados, a fim de manter a viabilidade celular e a proteção dos micro-organismos. Neste sentido, objetivou-se desenvolver microesferas a partir da imobilização de cinco consórcios de bactérias extraídas da rizosfera de plantas fitorremediadoras para a degradação de petróleo. Sete bactérias, Bacillus sp.1 , Bacillus sp.2 , Stenotrophomonas sp., Bacillus sp.3 , Microbacterium sp., Bacillus sp.4 e Bacillus sp.5 , foram analisadas quanto ao potencial de degradação por meio de testes individuais em reatores, para diferentes intervalos de tempo (0, 24, 48 e 72 horas), sendo mensurados parâmetros como: pH, temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, biomassa, densidade óptica e produção de biossurfactante. E a análise da degradação dos hidrocarbonetos foi efetuada por Cromatografia a Gás (CG). Após, por meio das características morfofisiológicas destas bactérias, os consórcios foram definidos. Para cada um deles, produziu-se biomassa bacteriana em biorreator, que foi utilizada para a obtenção de microesferas a partir da imobilização destes consórcios nas matrizes alginato e quitosana. Os resultados demonstram que estas bactérias, produtoras de biossurfactante, são promissoras para a degradação de petróleo. Por meio da CG verificaram-se taxas máximas de degradação de cerca de 83% em 24 horas e de 94% em 48 horas. Constatou-se, em relação aos consórcios, que o crescimento de um micro-organismo não interferiu no crescimento dos demais, indicando ação microbiana conjunta, por meio de complementariedade metabólica. Cabe ressaltar que o produto obtido apresentou tamanhos uniformes e resistência quanto à manutenção da forma esférica e, após o processo de liofilização, constatou-se alta viabilidade celular (cerca de 74%). As microesferas podem constituir uma inovação biotecnológica, permitindo a otimização da biorremediação no tratamento de ambientes contaminados com petróleo.