Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Feitoza, Alexandre França
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Orientador(a): |
Novaes, Adelina de Oliveira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Cidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado Acadêmico em Educação
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/233
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Resumo: |
A pesquisa buscou compreender as representações sociais de professores de Enfermagem de uma instituição de ensino superior privada, localizada na Zona Leste de São Paulo, sobre seus alunos com formação técnica de nível médio em Enfermagem, bem como oferecer reflexões sobre a formação de docentes de cursos de graduação em Enfermagem. Para tal, foi realizada uma pesquisa de campo de natureza qualitativa. Com vistas a coletar informações para apreender as representações, o estudo recorreu à teoria das representações sociais e se amparou nas informações empíricas obtidas por meio de entrevistas narrativas com sete professores que ministram disciplinas “teóricas” e “práticas”. Após a coleta e a transcrição das entrevistas, procedeu-se o processamento lexicométrico do material discursivo por meio do software Alceste. 87% do material foi aproveitado para a composição de classes (Nível de relevância: Muito alto) e 13% foram rejeitados. As unidades classificadas foram divididas em 5 grupos, consideradas nesta pesquisa como categorias de sentido e nomeadas: (1) Percurso formativo do docente; (2) Habilidades do técnico em Enfermagem – relação entre teoria e prática; (3) Procedimentos clínicos: limitações da formação técnica; (4) Aluno bom X Aluno ruim; (5) Aluno trabalhador. Da análise das classes foi possível depreender que as representações sociais dos docentes acerca de seus alunos com formação técnico são construídas em confrontação com as representações do aluno de graduação que não teve essa formação em nível secundário. Para os professores entrevistados, o egresso em enfermagem e o egresso técnico de enfermagem possuem peculiaridades que extrapolam o nível de escolarização. As duas categorias profissionais têm atribuições em comum, mas aquelas relativas exclusivamente ao enfermeiro exigem um corpo de conhecimentos científico teórico-prático maior. Significa dizer que os docentes contrapõem o conhecimento teórico-científico aprendido pelos estudantes de graduação a um saber exclusivo da prática, de domínio dos técnicos em Enfermagem. Tais representações parecem estar ancoradas na constituição histórica da enfermagem enquanto saber organizado e profissão. Por outro lado, dado que há uma relação dialógica, docente-discentes-saberes da enfermagem, as representações sociais sobre o aluno que possui formação técnica se mostraram articuladas às de ser professor de enfermagem. Para os entrevistados, o bom professor é aquele que se dispõe a contribuir para a articulação entre teoria e prática durante a formação de seus alunos, demonstrando assim, consonância com a perspectiva freireana no que concerne à práxis. Apesar de desafiador, os professores trouxeram em suas falas o comprometimento ético de saber lidar com as diferenças, aprender com elas e utilizar-se disso nas suas estratégias para construção coletiva de conhecimentos, envolvendo os alunos nas discussões como agentes ativos do processo de ensino aprendizagem. |