Influência da temperatura e de substâncias residuais utilizadas no tratamento endodôntico nas propriedades reológicas do cimento endodôntico à base de resina epóxi e do cimento biocerâmico à base de silicone, gutta-percha e vidro bioativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freitas, Jéssica Vavassori de lattes
Orientador(a): Baratto Filho, Flares lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2153
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da temperatura e de substâncias residuais utilizadas no tratamento endôntico nas propriedades reológicas (tempo de presa e viscosidade complexa) do cimento biocerâmico à base de silicone, guttapercha e vidro bioativo e do cimento endodôntico à base de resina epóxi. Os cimentos testados foram GuttaFlow Bioseal (GFB) (Coltene/Whaledent, Langenau, Alemanha) e AH Plus Jet (AHPJ) (Dentsply DeTrey/ Konstanz, Alemanha). Para isso, testes reológicos para monitoramento do Módulo de Armazenamento (G’) e Módulo de Perda (G”) de energia dos cimentos endodônticos durante a reação de presa dos materiais foram realizados por meio do Reômetro Oscilatório Physica MCR 301 (Anton Paar, Graz, Austria). Os testes foram realizados com amplitude de deformação constante de 0,01%, freqüência angular de 10 rad/s e temperatura constante de 37°C. Para a análise da influência da temperatura, os cimentos endodônticos foram aquecidos a 80°C durante um minuto. Ambos os cimentos endodônticos também foram analisados quando em contato com: hipoclorito de sódio 3%, clorexidina 2%, ácido etilenodiamino tetra-acético17% (EDTA), hidróxido de cálcio, ácido cítrico e água destilada. Para esses testes, os mesmos parâmetros reológicos foram adotados e realizados em temperatura constante de 37°C. Para cada grupo teste foram realizados cinco experimentos (n=5). Testes estatísticos Kolmogorov-Smirnov e Two-Way ANOVA foram realizados para analisar a influência da temperatura nas propriedades reológicas dos cimentos endodônticos (tempo de presa e viscosidade complexa) (p<0.05); Kolmogorov-Smirnov, One-Way ANOVA seguido de Student-Newman-Keuls foram realizados para a avaliar a influência das substâncias residuais nas propriedades reológicas dos cimentos endodônticos (tempo de presa e viscosidade complexa) (p<0.05). No cimento endodôntico GFB o aumento de temperatura reduziu o tempo de presa (24,85±1,38 min vs. 4,45±0,10 min) (p>0,05) e aumentou a viscosidade complexa no fim da presa (1,49±0,79 10E6 Pa.s vs. 2,09±0,37 10E6 Pa.s) (p>0,05), ademais, nenhuma das substâncias residuais alterou o tempo de presa quando em contato com GFB (p>0,05). O contato com a clorexidina e hidróxido de cálcio reduziram a viscosidade complexa (p<0,05). No cimento AHPJ a temperatura não alterou o tempo de presa (1407,37±34,22 min vs. 1551,53±147,93 min) (p<0,05), mas reduziu a viscosidade complexa no fim da presa (6,44±1.37 10E7 Pa.s vs. 4,7±0,41 10E7 Pa.s) (p>0,05). Todas as substâncias residuais utilizadas no tratamento endodôntico reduziram a viscosidade complexa do cimento (p<0,05). Pode-se concluir que os cimentos a base de resina epóxi são mais sensíveis a umidade residual do canal radicular. Além disso, a escolha do cimento endodôntico deve ser considerada conforme a técnica de obturação desejada. Considerando que o tempo de presa do cimento AHPJ não foi alterada, seu uso pode ser indicado quando há utilização de técnicas de obturação que geram calor