O pensar e o agir dos(as) trabalhadores(as) do Sistema Único de Assistência Social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Tassiana Algarte lattes
Orientador(a): Beretta, Regina Célia de Souza lattes
Banca de defesa: Santos, Raquel Alves dos lattes, Arregui, Carola Carbajal lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2317
Resumo: Muitos estudos abordam a Assistência Social como política pública dever do Estado e direito do cidadão. No entanto, ainda são incipientes aqueles que tratam sobre a saúde dos(as) trabalhadores(as) do Sistema Único da Assistência Social, as condições de trabalho e os impactos na vida pessoal e laboral dos indivíduos. Essa lacuna precisa ser estudada considerando o protagonismo destes(as) trabalhadores(as) no enfrentamento da desigualdade e pobreza. Quem são eles, o que fazem e como fazem? Adoecem? Quais as condições objetivas e subjetivas de saúde e de trabalho? O que pensam a esse respeito? Nesse sentido, o presente estudo possui como objeto, a saúde dos(as) trabalhadores(as) do Sistema Único da Assistência Social e de que maneira o trabalho impacta suas vidas, considerando as condições de trabalho, a qualidade dos serviços, a gestão pública e o impacto na vida pessoal e laboral destes indivíduos. O estudo buscou identificar fatores presentes no exercício profissional que desencadeiam processos de sofrimento e de adoecimento e que incidem na materialidade e na sociabilidade dos sujeitos, repercutindo em sua saúde física e mental. Para isso foi conduzida uma pesquisa qualitativa e exploratória, com aporte teórico-metodológico do materialismo dialético. Participaram da pesquisa 189 trabalhadores(as) do SUAS, pertencentes ao Estado de São Paulo, que preencheram o questionário com 24 perguntas (abertas e fechadas) disponibilizado de modo on-line. Dentre esses(as) trabalhadores(as), 24 participaram dos grupos focais, distribuídos em dois grupos, tendo sido o primeiro realizado de forma presencial e o segundo de modo on-line, mediante a pandemia da COVID-19. Os resultados apontaram que há diversos fatores que permeiam o ambiente de trabalho, tais como: falta de estrutura, equipe reduzida, falhas na gestão, questões políticas, relações hierárquicas, sobrecarga, dentre outros, o que incide diretamente na saúde desses(as) trabalhadores(as). Ademais, foram encontrados indicadores de estresse e doenças psicossomáticas em decorrência do trabalho. Nesse contexto, a promoção da saúde surge como estratégia para a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar, por meio da valorização e reconhecimento profissional e estratégias alternativas para o enfrentamento e o fomento de espaços que proporcionam troca teóricas e de experiências e vivências. Compreender a realidade desses(as) trabalhadores(as) pode servir como base para o planejamento de ações de promoção da saúde, visando à melhoria da qualidade de vida desses profissionais que trabalham diretamente com a população em vulnerabilidade social. Palavras-chave: Saúde do trabalhador. Assistência Social. Promoção da Saúde. Qualidade de vida.