Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Neves, Raquel Gomes Ferreira
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Orientador(a): |
Garcia, Luciana Carmona
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Banca de defesa: |
Bocchi, Aline Fernandes de Azevedo
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Santos, Jocenilson Ribeiro dos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3761
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Resumo: |
As leishmanioses, causadas por protozoários do gênero Leishmania spp., são doenças infecciosas, negligenciadas, classificadas como zoonóticas, que se apresentam sob duas possíveis formas clínicas, a tegumentar e a visceral, esta última de maior gravidade, sendo potencialmente fatal. Essas enfermidades possuem como vetores, os flebotomíneos. Devido ao aumento no número de casos de leishmaniose canina em munícipios da região nordeste do estado de São Paulo e como as cavernas, aparentemente, são nichos ecológicos dos flebotomíneos, o atual estudo teve como objetivo realizar levantamento e análise da fauna flebotomínica em caverna de visitação turística localizada em Altinópolis (São Paulo, Brasil), no período de março de 2021 a fevereiro de 2022. Para isso, foram realizadas capturas entomológicas, com armadilhas específicas denominadas Center on Disease Control, por três noites consecutivas na segunda semana de cada mês, totalizando 11 meses. Nove armadilhas foram instaladas em pontos estratégicos, com distâncias de aproximadamente 10 metros entre si, a 1,5 metros de altura do solo. Após as coletas, foram feitas as identificações morfológicas dos flebotomíneos para diferenciação entre as espécies, relacionando os dados com os pontos de captura. Os resultados demonstram captura de 885 espécimes, dos quais, 353 foram identificados no período de março a dezembro de 2021. Os flebotomíneos do gênero Lutzomyia, com apenas duas espécies identificadas, corresponderam a aproximadamente metade da amostra (49,57%), sendo a espécie Lutzomyia longipalpis a com maior índice de frequência de captura (41,64%) dentre todos as espécies em questão e, por ser um dos principais vetores da leishmaniose visceral este dado acaba por demonstrar relevância epidemiológica. Já os indivíduos do gênero Brumptomyia sp. também corresponderam a grande parte do total (45,33%), sendo que dentro deste gênero, Brumptomyia avellari foi a espécie predominante (14,93%). Além disso, destacaram-se também as espécies Brumptomyia brumpti (11,61%) e Brumptomyia pintoi (7,65%), dentre outros vetores envolvidos no ciclo de transmissão da forma tegumentar. Com relevância social, a presença de espécies vetoriais da leishmaniose visceral e tegumentar no ambiente cavernícula pesquisado, poderia propiciar um ciclo enzoótico e a transmissão de doenças entre animais silvestres e seres humanos durante a visitação turística da referida caverna. Palavras-chave: armadilhas, caverna, flebotomíneos, identificação, leishmaniose, doença tropical negligenciada, Altinópolis, Gruta do Itambé. |