Contaminação microbiana em hemodiálise e sua associação ao risco de infecções

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caparelli, Laura Maria Barros
Orientador(a): Pires, Regina Helena lattes
Banca de defesa: Maniglia, Fabíola Pansani lattes, Orlandi, Caroline Barcelos Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/428
Resumo: Doenças crônicas como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, e glomerulonefrite crônica, são as principais causas que podem levar à Insuficiência Renal Crônica (IRC) a qual consiste em lesão causadora da perda progressiva e irreversível das funções renais. Os principais tratamentos para a IRC são diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal. O sistema de hemodiálise tem sido considerado como fonte de crescimento de microrganismos e pode oferecer riscos aos pacientes submetidos ao tratamento. Assim, esse estudo objetivou fazer um levantamento dos casos de contaminação microbiológica do sistema de hemodiálise nacionalmente e internacionalmente, relatados durante o período de 1985 a 2017. O estudo retrospectivo, secundário buscou por artigos nas bases de dados U.S. National Library of Medicine, Scientific Electronic Library Online, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, utilizando descritores em português/inglês e espanhol. Foram selecionados 35 artigos após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, identificando-se em 56% dos artigos a presença de bactérias com prevalência de Gram-negativas; em 21%, a presença de fungos; em 10% foram relatadas micobactérias; em 10%, as bactérias não foram nomeadas e em 3%, foram descritas bactérias Gram-positivas. Observou-se prevalência da bactéria Gram-negativa do gênero Pseudomonas, também houve o relato de bactérias como Escherichia coli, Burkholderia cepacia e Enterobacter cloacae. Dentre os fungos identificados prevaleceram os gêneros Aspergillus e Penicillium, além da espécie de Candida parapsilosis. Além de micobactérias de crescimento rápido, também houve a identificação de bactérias Gram-positiva como Bacillus thuringiensis e Staphylococcus hyicus. Conclui-se que são necessárias medidas de combate a proliferação dos microrganismos patógenos no sistema de hemodiálise, minimizando os riscos e agravos à saúde dos pacientes que realizam esse tratamento.