Sistemas rotatórios ProTaper Next, X File e X Gray: características e desempenho no preparo de incisivos inferiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Kauhanna Vianna de lattes
Orientador(a): Baratto Filho, Flares lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2186
Resumo: A constante evolução dos instrumentos rotatórios otimiza a terapia endodôntica promovendo facilidade ao cirurgião-dentista, comodidade e segurança ao paciente. A automatização do preparo químico-mecânico tornou-se corriqueira, acompanhando o desenvolvimento de novas técnicas e materiais, que são objeto de estudos importantes para a prática clínica. Portanto, a proposição geral dessa tese foi estudar os sistemas rotatórios X File (XF) e X Gray (XG) - (TDK – Shenzhen Superline Technology, Shenzhen, China) comparando seu desempenho com o sistema ProTaper Next (PTN) - (Dentsply Sirona, Ballaigues, Suíça), por meio de dois artigos. O primeiro teve como objetivo avaliar a variação do volume, áreas não tocadas, grau de transporte e de centralização para os três sistemas. Quarenta e cinco incisivos inferiores foram divididos em três grupos conforme o sistema: PTN (n=15), XF (n=15) e XG (n=15). Realizou-se uma microtomografia computadorizada (micro-CT) pré-instrumentação (PI) pela qual os dentes foram classificados em redondo, oval, longo oval ou achatado. Após o uso de cada instrumento X1 (0,17/.04), X2 (0,25/.06) e X3 (0,30/.07), outros exames de micro-CT foram realizados. Para a análise estatística, o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov avaliou cada amostra, e as comparações gerais para dados não normais foram realizadas com testes de Kruskal-Wallis, e de Mann-Whitney para comparações pareadas (transporte e centralização). Os dados com distribuição normal foram avaliados com teste de ANOVA a um fator (porcentagem de áreas não instrumentadas) ou ANOVA a dois fatores (variação de volume). Quando houve diferença significativa para os dados com normalidade, foi utilizado o teste Tukey HSD (variância homogênea) ou Games-Howell (variância heterogênea). O intervalo de confiança foi de 95% e o poder de teste foi superior a 99%, quando indicou diferença significativa. A variação de volume apresentou diferença significativa para o terço, sendo que o cervical teve valor superior ao médio (p<0,001), e ambos foram maiores que o apical (p<0,001). Houve diferença estatisticamente significante entre a PI e o instrumentos X3 para os sistemas PTN (p=0,006), XF (p=0,046) e XG (p=0,0200). No entanto, não houve diferença significativa quanto ao sistema utilizado (PTN, XF e XG) (p>0,05). A análise da porcentagem de paredes não tocadas não indicou diferença significativa entre os sistemas (p=0,836). Quanto ao transporte, os resultados foram semelhantes para o terço (p=0,721), mas houve diferença significativa de acordo com o sistema (p=0,049), onde PTN gerou maior grau de transporte que XF (p=0,031) e XG (p=0,037). A centralização não apresentou diferença entre os sistemas estudados (p=0,369), porém houve variação entre os terços (p<0,001), sendo que o médio apresentou maior grau de centralização que o cervical (p=0,009) e o apical (p=0,031). Concluiu-se que os sistemas PTN, XF e XG se comportaram de forma semelhante quanto à capacidade de desgaste dentinário, porcentagem de paredes não instrumentadas e centralização, contudo, o grau de transporte foi maior para PTN que XF e XG. O segundo artigo, teve como objetivo avaliar a resistência à fadiga cíclica dos sistemas rotatórios X File (XF), X Gray (XG) e ProTaper Next (PTN). Foram utilizados instrumentos X2 (25/.06) dos sistemas PTN (n=18), XF (n=18) e XG (n=18), utilizados em contra-ângulo do motor X Smart IQ (Dentsply Sirona, Ballaigues, Suíça) acoplado ao dispositivo para teste de fadiga cíclica dinâmica. Foi padronizada velocidade de 300 rpm e torque de 3 Ncm. Cada instrumento foi acionado até a fratura, com tempo registado em cronômetro digital. O fragmento decorrente de cada fratura foi mensurado com paquímetro digital. Os dados das variáveis tempo e NCF foram analisados pelo teste Kruskal-Wallis para comparações gerais, e Mann-Whitney para comparações pareadas. Já a variável fragmento foi avaliada pelo teste de ANOVA a um fator com intervalo de confiança de 95%. O sistema XG apresentou valores de resistência à fadiga cíclica significativamente maiores que PTN e XF (p<0,001). O comprimento médio dos fragmentos fraturados não mostrou diferença significativa entre os grupos (p=0,138). Concluiu-se que o sistema XG apresentou maior resistência à fratura por fadiga cíclica em comparação ao PTN e XF, porém não houve diferença entre os fragmentos em todos os sistemas.