O portador de diabetes mellitus do município de Coromandel-MG numa perspectiva da promoção de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Faria, Cleide Chagas da Cunha lattes
Orientador(a): Santos, Branca Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Aguillar, Olga Maimoni lattes, Cano, Maria Aparecida Tedeschi lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/843
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a situação de saúde de portadores de Diabetes Mellitus (DM) do município de Coromandel-MG, numa perspectiva do modelo teórico “Campo de Saúde”. A abordagem escolhida foi a pesquisa descritiva, do tipo transversal. Participaram do estudo 187 portadores de Diabetes Mellitus do tipo1 (DM1) e do tipo 2 (DM2). A amostra foi proporcional ao número de diabéticos cadastrados e acompanhados em cada uma das cinco Unidades de Atenção Primária à Saúde do município. Verificou-se que 82,3% eram do sexo feminino, 57,8% tinham idades superiores a 60 anos e 43,3% eram casados. Dos participantes, 95,2% referiram ser portadores de DM2, 41,5% apresentaram alterações nos níveis glicêmicos, 55,1% estavam com pressão arterial acima do recomendado e 71,0% com sobrepeso ou obesidade. O tratamento farmacológico com hipoglicemiante oral foi referido por 70,1% e 31,6% afirmaram internações por alterações glicêmicas. Do total, 84,5% confirmaram a vida em família, 71,6% renda familiar abaixo de três salários mínimos, 75,4% eram aposentados e 57,6% citaram o ensino fundamental incompleto. Quanto aos hábitos de vida, 47,1% mencionaram evitar o consumo de açúcar e usar adoçantes, 88,2% afirmaram o consumo diário de café, 90,9% de não ingerir bebida alcoólica e 12,3% de serem tabagistas. A maior parte (73,8%) afirmou não praticar atividade física regular e 36,9% confirmaram atividade de lazer e descanso no seu cotidiano. As alterações no sono após o diagnóstico de diabetes foram citadas por 17,1%. A maioria afirmou ter utilizado o serviço público de saúde para diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença. O uso diário de medicamento foi referido por 97,9% e a participação em reuniões para diabéticos por 53,5% dos participantes. O deslocamento a pé até os serviços de saúde foi o mais citado e 69% referiram não encontrar dificuldades no acompanhamento e tratamento da doença. A família representou a principal fonte de apoio para 65,8% dos participantes e 91,4% dos referiram conhecimento suficiente acerca do DM. Os resultados possibilitaram a constituição de um panorama da realidade estudada, levantaram algumas reflexões acerca da condição do diabético e dos principais determinantes dos fatores de risco, das dificuldades, dos problemas e das expectativas enfrentados por esta parcela da população e ressaltou o desafio a ser enfrentado pelos profissionais de saúde em relação à manutenção da adesão dos usuários dos serviços ao necessário tratamento de longo prazo, comum nas condições crônicas como o DM. Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Promoção de Saúde; Campo da Saúde