Avaliação da dor pós-operatória em tratamentos endodônticos de sessão única ou múltipla e seus aspectos moleculares: um estudo clínico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rosa, Larissa Nunes lattes
Orientador(a): Tomazinho, Flávia Sens Fagundes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2130
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram comparar a incidência e a intensidade da dor pósoperatória após terapia endodôntica em sessão única e múltipla, em casos de necropulpectomia, por meio de um estudo clínico randomizado controlado e, avaliar a relação entre o estado de ansiedade do paciente frente ao tratamento e sua percepção de dor, além da presença de polimorfismos genéticos nos genes DRD2, ANKK1 e COMT e sua relação com dor após tratamentos endodônticos. Sessenta e sete pacientes foram incluídos na primeira parte da pesquisa, 34 no grupo sessão única e 33 no grupo múltiplas sessões. Na segunda parte, foi selecionada uma sub amostra com 25 pacientes. O tratamento endodôntico foi realizado por estudantes de pós-graduação, com treinamento prévio para a técnica utilizada. Antes do procedimento foi realizado a coleta de saliva para avaliação genética e aplicado o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE-E), para avaliar o estado de ansiedade dos pacientes no momento do tratamento endodôntico, na sub amostra de 25 pacientes. A presença de dor pós-operatória foi avaliada em “sim” ou “não”, e a intensidade por Escala Visual Analógica (EVA), em três tempos após o tratamento (24, 48 e 72 horas). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística, utilizando os testes t de Student, Mann-Whitney, teste exato de Fisher, teste não paramétrico de Friedman e teste de Wald e foram ajustados em um modelo de regressão logística. Os dados referentes a dor pós-operatória foram analisados e o número de sessões não apresentou diferença significativa para presença de dor pós-operatória (p=0,806). Dentes sem lesão periapical apresentaram maior frequência de dor pósoperatória (p=0,048) e a dor foi mais intensa nas primeiras 24 horas tanto no grupo sessão única (p<0,001) quanto no grupo múltiplas sessões (p<0,001) em comparação com os outros tempos avaliados. Na sub amostra houve associação entre a ansiedade moderada (IDATE-E) e a dor pós-operatória em ambos os grupos, única sessão (p=0,028) e múltiplas sessões (p=0,032). Não houve diferenças significativas entre os indivíduos com e sem dor quando avaliado o gene ANKK1 (p=0,60), o gene DRD2 (p=0,81) e no polimorfismo rs165656 no gene COMT (p=0,33). No polimorfismo rs174675 do gene COMT houve associação com a dor pós-operatória (p=0,018), os indivíduos portadores dos alelos CT apresentaram mais dor pós-operatória quando comparados aos portadores dos alelos CC. Pode-se concluir, com os resultados obtidos, que o número de sessões não mostrou associação à maior incidência de dor pós-operatória, os pacientes que foram classificados com ansiedade moderada tiveram uma associação à maior incidência de dor pós-operatória assim como os pacientes que apresentaram polimorfismo rs 174675 do gene COMT quando comparados os alelos CT e CC.