Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota, Polypodiaceae, como bioindicadora passiva da qualidade do ar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carvalheiro, César Vinícius lattes
Orientador(a): Maranho, Leila Teresinha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2466
Resumo: A poluição troposférica nos centros urbanos e regiões próximas deve ser monitorada, já que pode causar inúmeros problemas aos seres humanos e aos demais seres vivos. Por isso é necessário o uso de estações monitoras dos níveis de poluentes expelidos no ar juntamente com outros métodos auxiliares, por exemplo, o biomonitoramento com plantas, que permite constatar os efeitos desses poluentes sobre organismos vegetais. O biomonitoramento se mostra útil para fundamentar uma possível tomada de decisão com relação à proteção do meio ambiente e à saúde. Diante do exposto, a presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de avaliar o potencial bioindicador de Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota. Para tanto, realizou-se a comparação de alterações das características biológicas (abundância da espécie, morfometria foliar, mensuração de áreas de injúria e quantificação de mutações por meio do ensaio cometa) e determinação de metais pesados entre diferentes pontos do município de Curitiba, PR, Brasil, com características diferenciadas em relação à emissão de poluentes - região central, suburbana, industrial e rural. Amostras de folhas estéreis de M. squamulosa foram coletadas nesses quatro pontos. Os resultados revelaram maiores danos genotóxicos, menor área foliar e menor índice de esclerofilia no ponto localizado em área industrial, ao passo que as menores médias e/ou ausência de danos ao DNA foram observadas no ponto localizado em área rural. A abundância de M. squamulosa sobre os forófitos foi maior na região central, demonstrando sua tolerância a emissões automotivas, e menor abundância nas regiões industrial e rural. As análises morfométricas demonstraram maior compactação da epiderme na face adaxial (superior) e da lâmina foliar no ponto central, maior densidade estomática na região industrial e maior espessura dos tecidos vegetais no ponto rural, que pode estar relacionado à melhor qualidade do ar. A análise de metais revelou aumento nas concentrações no ponto industrial (Zn, Ni) e central (Cu, Pb), havendo somente maior concentração de Mn no ponto rural devido a atividades de agricultura. A planta estudada tem potencial para a bioindicação de poluentes atmosféricos, sendo tolerante a emissões automotivas e pouco tolerante a emissões industriais.