Pesquisa e desenvolvimento verde e ecoinovação de cosméticos: um estudo de caso em uma empresa nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dugonski, Franciany Cristiny Venâncio lattes
Orientador(a): Tumelero, Cleonir lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1968
Resumo: Este estudo investigou como as ecoinovações são pesquisadas, desenvolvidas e implementadas por uma empresa de cosméticos, a partir da lente da Teoria Evolucionária da Inovação. Observou-se que algumas áreas tiveram como interesse a ecoinovação na indústria de cosméticos, porém existe uma lacuna na literatura no âmbito da administração O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso em profundidade. A técnica de análise de dados foi de análise de conteúdo, com apoio do software ATLAS.ti. A unidade de análise foi uma empresa de cosméticos de Curitiba, reconhecida por suas medidas ecoinovadoras. Os resultados do estudo demonstram que, em produtos ecoinovadores, a empresa pesquisada atende a requisitos de decomposição de materiais, uso de materiais naturais (química verde), redução de resíduos, simplificação da construção, simplificação da embalagem e bioinspiração para o design. Em processos ecoinovadores, a empresa atende a requisitos de prevenção da contaminação, cumprimento da legislação, redução do uso de materiais, reciclagem e reuso.. A empresa realiza pesquisa e desenvolvimento (P&D) Verde a partir das etapas de ideação, pesquisa, prototipagem, testes e certificação e registro do produto, e resolve desafios de P&D Verde de cosméticos por meio da biomimética, uma vez que biomimetiza características de proteção das plantas, da textura da pele humana e da proteção da argila para a criação de produtos ecoinovadores. No processo de implementação se conclui que as principais barreiras são de mercado, de matéria-prima, governamentais e relacionadas aos fatores internos da empresa; ao passo que os principais facilitadores são a inovação tecnológica, comunicação, legislação, gestão ambiental e mercado. O estudo sugere que o P&D Verde difere da tradicional na medida em que adota o ecodesign em todas as etapas e realiza a repetição de etapas, até que os requisitos sustentáveis sejam alcançados. Embora a biomimetização seja utilizada pela empresa para apoio ao desenvolvimento de ecoinovações, observou-se que seu desenvolvimento ocorre sem sistemática, que possivelmente limita o potencial de replicação da experiência da natureza. É possível afirmar que as barreiras e os facilitadores da implementação de ecoinovações são dinâmicos, em que, dada uma situação, uma barreira poderá ser um facilitador e vice-versa Estudos futuros poderão investigar políticas de apoio a ecoinovações, processos de adoção sistemática da biomimética para a P&D, e a relação entre a adoção da P&D Verde e o cumprimento de requisitos de ecoinovação tecnológica no setor de cosméticos.