Aprendizagens individual, em grupo e organizacional: um estudo sobre as suas relações com o desempenho organizacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Azevedo, Leosamar de Maria Silva do Lago de lattes
Orientador(a): Carstens, Danielle Denes dos Santos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1936
Resumo: O objetivo geral da pesquisa é analisar a relação entre as Aprendizagens Individual, em Grupo e Organizacional e o Desempenho das Unidades de Negócio do pilar Varejo de uma Instituição Financeira Brasileira (IFB). O suporte teórico ocorreu a partir do construto Aprendizagem Organizacional que, segundo Cyert e March (1992, p. 13), é “o comportamento adaptativo das organizações ao longo do tempo”. Uma justificativa teórica para a presente pesquisa é a escassez de estudos que relacionam os níveis de aprendizagens (Individual, em Grupo, Organizacional) e Desempenho em Instituições Financeiras. Portanto, como justificativa prática da pesquisa, procurou-se aprofundar os conhecimentos sobre a Aprendizagem Individual, em Grupo e Organizacional, a relação entre os níveis de aprendizagem e o Desempenho no setor financeiro. A metodologia foi conduzida sob uma abordagem quantitativa utilizando-se dados primários através de estudo classificado como exploratório, descritivo, ex-post facto, de corte transversal (2017 - 2018), survey, ambiente de campo e rotina real, na qual foi enviado um questionário aos 3.967 primeiros gestores das unidades de negócio, pilar Varejo da IFB. A amostra foi censitária por adesão, obtendo 646 respostas válidas e completas; já para a análise de dados foi utilizada a estatística descritiva, análise de correlação, moderação, cluster e regressão. O estudo apresentou três hipóteses: (H1) O Comportamento Adaptativo da Organização (CAO) é capaz de explicar a variação do Desempenho Organizacional das Unidades de Negócio da Instituição Financeira investigada; (H2) O grau de escolaridade (GE) e a Experiência Profissional do Gestor (EXP) possuem um efeito moderador entre o Comportamento Adaptativo da Organização (CAO) e o Desempenho Organizacional; e (H3) Há correlação entre os fatores: Aprendizagem Individual (AI), Aprendizagem em Grupo (AG) e Aprendizagem Organizacional (AO). Acredita-se que as duas primeiras hipóteses da pesquisa foram refutadas pela complexidade da variável Desempenho; contudo, a terceira hipótese foi suportada demonstrando um relacionamento forte e significante entre os fatores AG e AO (r = 0,7 e p < 0,05) e relacionamento moderado e significante entre AI e AG e entre AI e AO (r = 0,4 e p < 0,05). Pela rejeição das duas primeiras hipóteses, os testes foram aprofundados, sendo que a principal contribuição teórica foi que o fator Aprendizagem Individual, composto por oito variáveis, conseguiu explicar 15% da variação da Aprendizagem em Grupo, que por sua vez explicou 42,8% da variação da Aprendizagem Organizacional. Quando se utilizou apenas uma variável (12.2 – “Eu passo grande parte do tempo aprendendo novas abordagens de trabalho”), pertencente ao fator Frequência de AI, esta conseguiu explicar sozinha 14% da variação de AG. De forma conclusiva, percebeu-se que quanto mais os gestores estiverem dispostos a aprender coisas novas, todas as demais 11 variáveis serão afetadas: sua própria aprendizagem, a aprendizagem da equipe e a aprendizagem organizacional das Unidades de negócios.