Condições de vida e saúde de moradores em um “acampamento sem-teto” no município de Maceió-AL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cavalcanti, Rita de Cássia Camêlo Bueno
Orientador(a): Cano, Maria Aparecida Tedeschi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/632
Resumo: Observa-se nas últimas décadas, um avanço no estudo das relações entre a maneira como se organiza e se desenvolve uma determinada sociedade e sua situação de saúde. Em muitas regiões é possível se observar desigualdades em saúde entre grupos populacionais. As relações entre saúde e seus determinantes estabelecem hierarquias entre fatores de natureza sócio-econômica, político-cultural e ambiental, no contexto em que os indivíduos vivem e trabalham. Embora esses determinantes influenciem os estilos de vida e condicionem o indivíduo a pertencer a este ou àquele grupo social, sofrerão um impacto na determinação dos padrões de saúde, tanto individuais como dos grupos. Desenvolvemos uma pesquisa de cunho qualitativo, em um acampamento de sem-teto, localizado na região periférica da cidade de Maceió/Alagoas, com os seguintes objetivos: conhecer as condições de vida e de saúde demoradores e como lidam com as questões de saúde; traçar o perfil sócio-demográfico da população estudada. A amostra constou de 15 mulheres, entre as quais a líder do acampamento e de alguns moradores que demonstraram interesse em colaborar com a pesquisa. Aplicamos dois questionários, o primeiro com questões fechadas e o segundo de natureza qualitativa. A análise dos dados das questões fechadas detectou o perfil sócio demográfico dos moradores. A análise dos dados das questões abertas utilizou o método de Análise de Conteúdo. Os resultados nos mostraram que no acampamento as condições de vida estão aquém daquelas recomendadas pelas Conferências Internacionais sobre Promoção de Saúde. Os resultados indicaram que as casas são mal ventiladas, sem saneamento básico e luz elétrica, com chão de terra batida. Quando apresentam sinais ou sintomas de doenças, usam medicamentos, já conhecidos por elas. Às vezes, buscam assistência à saúde em unidades de saúde, postos e hospitais da rede pública. As famílias não são cadastradas no PSF. As mulheres entrevistadas demonstraram ter muita esperança que a situação melhore com a doação das casas prometidas pelo governo há quatro anos.