A formação humanista do profissional técnico em saúde: uma perspectiva do diálogo entre Makiguti e Freire

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tizzano , Valdirene lattes
Orientador(a): Rosito, Margaréte May Berkenbrock lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação Mestrado Educação
Departamento: Departamento 1
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/211
Resumo: Este estudo tem como objetivo a investigação do lugar da educação humanista na formação do profissional técnico em saúde, a partir do diálogo entre Freire e Makiguti, apontando que o projeto político-pedagógico da Escola Técnica de Saúde Pública Prof. Makiguti fundamenta-se em valores éticos, como respeito, autonomia e responsabilidade pela vida. Para a realização deste estudo utilizou-se da narrativa autobiográfica para compreender o percurso (auto) formativo da pesquisadora, de onde emerge a imagem pictográfica da cerejeira como representação da ressignificação do próprio caminho, extraído das situações e momentos charneiras pela narração e reflexão sobre a própria história de vida. Esse exercício apresenta-se como possibilidade do desenvolvimento do pensamento analógico desencadeador da reflexão sobre a formação humanista do profissional em saúde. Como uma cerejeira, os princípios, visão de mundo e prática do budismo são as raízes, o tronco, os galhos e as sementes que se espalharam da Índia para o Brasil, incorporados e vividos por Tsunessaburu Makiguti, um educador humanista, que, como Paulo Freire, propõe uma educação que torne o sujeito autônomo, criativo, crítico e protagonista de sua formação. Considerar a História de Vida, o conhecimento do aluno, de suas necessidades e expectativas, as relações humanizadas, a afetividade, a escuta, a priorização do ser, não do ter, é para Paulo Freire a ética da vida no processo formativo. A narrativa autobiográfica, a pesquisa bibliográfica, a análise documental referente a formação humanista presente no projeto político pedagógico da Escola Técnica de Saúde Pública Prof. Makiguti mostram que a formação, além da técnica, deve priorizar o respeito, a dignidade humana, a dimensão ética, o diálogo, a participação e construção coletiva. Assim, a construção coletiva, juntamente com o preparo técnico, contribuem para a realização pessoal e profissional e melhor atendimento da população. Makiguti e Freire completam-se, apontando que a mudança é possível e necessária para uma educação que pretenda construir ou reconstruir uma sociedade em que o homem seja sujeito e não objeto da tecnologia