Adesão de idosos que vivem na comunidade a um programa multifatorial para prevenção de quedas (PrevQuedas Brasil): estudo prospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Varanda, Renata dos Ramos lattes
Orientador(a): Perracini, Monica Rodrigues lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de são Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3852
Resumo: Contextualização: Há evidência da efetividade das intervenções multifatoriais na diminuição da ocorrência de quedas em idosos que vivem na comunidade. No entanto, a baixa adesão aos programas de prevenção de quedas tem sido reportada na literatura como um problema recorrente, questionando a efetividade e sustentabilidade desses programas. Objetivos: Investigar a associação entre características sociodemográficas, clínicas e funcionais dos idosos que vivem na comunidade e a adesão a um programa multifatorial de prevenção de quedas. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo com dados secundários do ensaio clínico de Programa de Prevenção de Quedas PrevQuedas Brasil. Foram incluídos idosos da comunidade idosos que vivem na comunidade alocados no grupo intervenção. A adesão foi avaliada através da presença nos encontros semanais durante 12 semanas. As características sócio demográficas, de saúde física e mental, de capacidade e desempenho funcional foram coletadas na avaliação inicial. Os participantes foram classificados quanto aos níveis de adesão baixo, moderado e alto por meio da classificação usando analise por k- means cluster. A ótima adesão foi considerado aquela na qual os idosos compareceram a 80% dos encontros. Os níveis de adesão e a ótima adesão foram comparados usando as variáveis de interesse. Resultados: Foram incluídos 257 com média de idade 73,5  7,4 anos. A mediana da adesão foi de 10 encontros. Baixa, moderada e alta adesão corresponderam a 13,2%; 19,5% e 67,3% dos participantes. A baixa percepção do risco de cair esteve presente em 44,1% dos participantes com baixa adesão, em18,0% dos de moderada em 25,2% do de alta adesão. Os fatores associados uma ótima adesão foi cognição, presença de depressão e medo de cair combinado com depressão. Conclusão: Os resultados sugerem que baixa percepção do risco de cair influencia a baixa adesão e que cognição, depressão e medo de cair combinado a depressão discriminam idosos com ótima adesão a um programa multifatorial em idosos que vivem na comunidade. A implementação de programas de prevenção de quedas devem incluir estratégias para aumentar a conscientização dos idosos sobre o risco de cair, minimizando os aspectos negativos associados às quedas com mensagens positivas relacionadas a independência e autonomia. Intervenções individualizadas para tratar depressão e medo de cair devem ser propostas pelos profissionais de saúde para otimizar a adesão.