O binômio mãe/filho na primeira gestação após os 35 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cabral, Regina Aparecida lattes
Orientador(a): Santos, Branca Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Almeida, Ana Maria de lattes, Cano, Maria Aparecida Tedeschi lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/622
Resumo: O objetivo do estudo foi conhecer a experiência de primíparas após os 35 anos de idade que foram acompanhadas em um ambulatório de gestação de alto risco de um município do interior paulista. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem qualitativa, com a participação de 10 primíparas, durante o período de janeiro de 2013 a junho de 2014. Os dados foram coletados através de um instrumento elaborado, contendo duas partes: a parte I com dados semiestruturados, referentes à mãe e ao RN, coletados dos prontuários e complementados na entrevista realizada no domicílio, e a parte II com perguntas abertas direcionadas às mães sobre a opinião das mesmas diante da experiência de terem tido seus filhos após os 35 anos de idade. Os resultados demostraram que a maioria das participantes encontrava-se na faixa etária entre 35-37 anos, era casada, possuía ensino médio e renda salarial de um a seis salários mínimos. Apenas uma gravidez foi induzida por medicação e todas foram de feto único. Os principais motivos para o encaminhamento para o AGAR foram a hipertensão e o diabetes. Todas foram submetidas à cesariana. Apenas uma mãe apresentou complicação (tromboembolismo) e a maioria conseguiu amamentar com leite materno exclusivo. Dentre as complicações dos RNs destacaram-se a icterícia, hipoglicemia, desidratação e alergia à lactose. A justificativa apresentada por terem tido seus filhos com mais de 35 anos foi a espera por estabilidade financeira, busca pela profissionalização e a demora em encontrar o parceiro ideal. Relataram dificuldades para engravidar e amamentar. A maioria recebeu apoio do companheiro e de familiares, mas não desejava ter mais filhos por considerar a maternidade uma tarefa difícil. Para elas a gravidez foi tida como uma experiência positiva, de realização, que valeu a pena ser encarada. De modo geral, o estudo possibilitou conhecer um pouco da realidade das primíparas com mais de 35 anos e de seus RNs e reforça a necessidade de maior preocupação com a primeira gestação de mulheres com idade após os 35 anos, devendo esta ser considerada como resultante de mudanças sócio demográficas e do progresso da medicina. Ressalta, ainda, a importância de novos estudos neste contexto, para que se possa acompanhar quanti e qualitativamente as gestações tardias, proporcionando aos profissionais de saúde, gestores, políticos e estudantes, subsídios para melhor atender e minimizar os riscos a esta clientela.