Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Daniela de Souza |
Orientador(a): |
Figueiredo, Glória Lúcia Alves
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Banca de defesa: |
Carlos, Diene Monique
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Beretta, Regina Célia de Souza
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/424
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Resumo: |
A violência contra crianças e adolescentes é considerada um grave problema de saúde pública porque além de provocar doenças acarreta alterações negativas para as vítimas e suas famílias, e o suporte social se configura em uma estratégia de enfrentamento ao fenômeno. Objetivou-se conhecer a percepção da rede e o apoio social de famílias de crianças e adolescentes vítimas de violência; caracterizar o perfil e o ambiente dessa violência; além de analisar uma intervenção educativa realizada nas escolas e Unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) que atendem essas famílias. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória com abordagem quantitativa, realizada em uma cidade mineira de médio porte, com 100% de cobertura pela ESF. Dados das fichas de notificação epidemiológica compuseram o perfil da violência. Utilizou-se um questionário para a a consulta da percepção dos participantes sobre a cidade e a escala MOS-SSS para medir o apoio social percebido pelas famílias. Para a prática educativa foi utilizado um diário de campo. Evidenciou-se predomínio de vítimas do sexo feminino (68,9%), autodeclaradas de pele branca (44,3%) que não possuiam deficiências ou transtornos (89,3%). A violência física (40,87%), pelo espancamento (28,7%) foi mais frequente. Dos casos de estupro (43,75%) receberam atendimento pela rede pública de saúde. Relativo ao agressor predominou o sexo masculino (68,85%), adulto (35,24%), conhecidos das vítimas (63,16%) e que não fizeram uso anterior de bebida alcoólica (64,75%). Quanto ao funcionamento da rede social das famílias evidenciou-se que é composta por até três pessoas (68%) e o principal apoio percebido foi o afetivo (90,80%), seguido do informativo (80,80%). Em geral, os entrevistados não participam de atividades coletivas (esportivas, sociais, religiosas), mas estão satisfeitos com a cidade (88,0%) e sugeriram melhorias na área da saúde (48,15%) e segurança (22,23%). A prática educativa realizada com os profissionais da saúde e educação promoveu espaço para reflexão e diálogo sobre a violência e o papel protetor que eles exercem; reconhecidos, inclusive, como importante ponto de apoio social pelas famílias. Conclui-se que, nas relações intrafamiliares, o afeto não preveniu a violência, mas apareceu como o elemento que está resistindo à ela e mantendo as famílias constituídas. As sugestões apontadas para melhoria da cidade subsidiam uma cidade para ser saudável e pacífica, mas desde que apoiadas por intervenções em promoção da saúde. |