Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alves, Victor Urayama
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Orientador(a): |
Cabral, Ana Lúcia Tinoco
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Banca de defesa: |
Cabral, Ana Lúcia Tinoco
,
Gebara, Ana Elvira Luciano
,
Guaranha, Manoel Francisco
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Cruzeiro do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Campus Liberdade
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/363
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Resumo: |
Motivada pelo questionamento feito pelo matemático e cientista da computação Alan Turing – “as máquinas podem pensar?” (can machines think?) –, em 1950, esta pesquisa tem por objetivo investigar, na comunicação dialogal de humanos com chatterbots de Inteligência Artificial, em que medida é possível ocorrer interação. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do grupo de pesquisa Teorias e Práticas Discursivas e Textuais, especificamente da linha de pesquisa de Texto, discurso e ensino: processos de leitura e produção de texto escrito e falado, do programa de Mestrado em Linguística da Universidade Cruzeiro do Sul. A pesquisa tem como corpus diálogos produzidos pelos softwares de Inteligência Artificial Eugene Gootsman, vencedor do evento que promovia uma competição do Teste de Turing, organizada pela universidade de Reading, na Royal Society, em Londres, no ano de 2014; uma entrevista feita pelo site norte-americano de notícias, TIME, e ELIZA, considerada o primeiro chatterbot, desenvolvido em 1966, pelo cientista da computação estadunidense Joseph Weinzenbaum, no intuito de simular o comportamento de uma psicoterapeuta rogeriana por meio da linguagem verbal. O critério adotado para o desenvolvimento da análise dos textos que compõem o corpus segue os pressupostos metodológicos do eixo teórico dos estudos pragmáticos, pautando-se nos conceitos da Teoria dos Atos de Fala proposta por Austin (1990), nos estudos referentes aos princípios que regem a interação verbal, tal como propõem Kerbrat-Orecchioni (1997), Wolfgang Iser (1999) e Jacques Moeschler (1986), e, finalmente, nos conceitos ligados à intencionalidade na linguagem, conforme Simon Dik (1997) e Searle (1995). As análises apontaram que os chatterbots comunicam-se adequadamente com os seres humanos, respondem às perguntas formuladas, mas não seguem os princípios da interação verbal que indicam que o interlocutor reconstruiu intenções manifestadas de forma implícita. Pode-se afirmar que há comunicação, entretanto, não há plena interação. |