Existe associação entre a fraqueza dos músculos do quadril e a dor lombar crônica não específica? estudo transversal do tipo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pizol, Gustavo Zanotti lattes
Orientador(a): Cabral, Cristina Maria Nunes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4122
Resumo: Introdução: As alterações de controle motor da região lombopélvica têm sido relatadas em pacientes com dor lombar crônica não específica. Nesses pacientes, a função dos músculos do quadril é avaliada tanto com testes quantitativos quanto com testes clínicos. Porém, ainda não há evidências concretas sobre a associação entre a fraqueza da musculatura do quadril e a dor lombar e se essa fraqueza pode ser avaliada com testes clínicos. Objetivo: Avaliar se existe fraqueza da musculatura abdutora, adutora, extensora, rotadora interna e externa do quadril em pacientes com dor lombar crônica não específica, e verificar se existe associação entre a positividade dos testes de Trendelenburg e Step Down com a força destes músculos. Métodos: Neste estudo transversal do tipo caso-controle, 40 pacientes com dor lombar crônica não específica e 40 participantes saudáveis foram incluídos. As variáveis avaliadas foram: incapacidade pelo questionário Roland Morris de Incapacidade, intensidade da dor pela Escala Numérica de Dor, força muscular pela dinamometria manual isométrica e pelos testes de Trendelenburg e Step Down. A força muscular foi comparada entre os dois grupos pelo teste t para amostras independentes. Posteriormente, a associação entre os testes avaliados e a força muscular foi realizada por meio de uma análise de regressão logística binária. Resultados: A força dos músculos abdutores (diferença entre as médias [DM]: 28,1%, intervalo de confiança a 95% [IC 95%]: 9,4 a 46,9), adutores (DM: 18,7%, IC 95%: 6,2 a 31,2), rotadores externos (DM: 7,6%, IC 95%: 0,4 a 14,7), rotadores internos (DM: 8,7%, IC 95%: 1,5 a 15,8) e extensores do quadril direito (DM: 21,1%, IC 95%: 6,2 a 31,2), e dos músculos abdutores (DM: 30,4%, IC 95%: 11,9 a 49), adutores (DM: 18,4%, IC 95%: 3,7 a 33,2), rotadores internos (DM: 8,9%, IC 95%: 1 a 16,8) e extensores do quadril esquerdo (DM: 21,6%, IC 95%: 6,6 a 36,5) foi estatisticamente menor nos pacientes com dor lombar crônica não específica em comparação com os participantes saudáveis. Não houve diferença estatisticamente significativa na positividade dos testes de Trendelenburg e Step Down entre os grupos, assim como não foi observada associação entre os testes e a força muscular do quadril (p>0,05). Conclusão: Pacientes com dor lombar crônica não específica apresentam mais fraqueza dos músculos abdutores, adutores e extensores do quadril do que pessoas sem dor. Porém, não existe diferença entre pessoas com e sem dor lombar crônica na resposta dos testes de Trendelenburg e Step Down, assim como não existe associação entre os testes com a avaliação de força. Dessa forma, os testes de Trendelenburg e Step Down não devem ser usados com o objetivo de avaliar a força muscular do quadril em pacientes com dor lombar.