Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jéssica Duarte de
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Orientador(a): |
Ludovice, Camila de Araújo Beraldo
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Banca de defesa: |
Borges, Marilurdes Cruz
,
Oliveira, Sheila Fernandes Pimenta e
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/813
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Resumo: |
O ensino da análise sintática, há muito tempo, vem provocando nos alunos uma aversão às aulas de língua portuguesa que, muitas vezes, estão baseadas apenas nas gramáticas tradicionais. Os estudos e reflexões de Mikhail M. Bakhtin (2013) trouxeram nova luz ao problema, pois, para o autor, o estudo da sintaxe sem a abordagem estilística não enriquece a linguagem dos alunos. É importante lembrar que o conceito de estilo de Bakhtin difere da concepção tradicional. Ainda assim, o filósofo russo assegura que a estilística tem grande colaboração para dar ao professor no seu trabalho pedagógico de ensino de gramática. No livro Questões de estilística no ensino da língua (2013), Bakhtin apresenta um método que é centrado na reescrita das orações subordinadas sem conjunções, modificando-as em subordinadas com conjunções, mostrando aos estudantes que nas subordinadas sem conjunção há uma maior expressividade e dramaticidade em relação às subordinadas com conjunções. O objetivo deste estudo é compreender as lições de Bakhtin como professor e verificar como podemos colocá-las em prática no ensino fundamental, a fim de levar os alunos a vislumbrarem outros aspectos de uso da língua para além da gramática normativa. A pesquisa teve como fundamentação teórica os estudos de Bakhtin sobre dialogismo (2006, 2010), gêneros do discurso (2016) e sobre o papel da estilística nas aulas de língua materna (2013), além das reflexões sobre os tipos de gramática como a normativa de Cunha e Cintra (2016), a descritiva de Perini (2016) e a internalizada de Luft (1995). A análise é qualitativa, de modo descritivo, por meio de uma pesquisa de campo, realizada numa escola particular, no município de Itaú de Minas/MG, compõe-se de discussão teórica, pesquisa de campo com um professor de gramática, proposta de redação e análises do relato pessoal redigido pelos alunos. O corpus foi selecionado a partir de relatos pessoais produzidos pelos estudantes na aula de redação. A análise dos textos foi feita com base no relato pessoal sobre algum fato ocorrido com eles, quando eram ainda muito pequenos, a fim de constatar como e quais características de expressividade das formas linguísticas compõem os seus textos. Em seguida, por meio de recortes dos períodos compostos sem conjunção encontrados na redação dos alunos, indicamos a mudança no período composto por coordenação sem conjunção por um período com conjunção para que avaliássemos a diferença. O presente trabalho justifica-se pela importância que essa prática adotada pelo filósofo da linguagem poderá ter no dia a dia do professor de Língua Portuguesa, pelo fato de tornar o ensino de gramática mais vivo para os alunos. A pesquisa comprovou que a estilística bakhtiniana pode contribuir para um conhecimento ativo dos processos da língua viva e da língua literária. Palavras-chave: Gramáticas e estilística. Bakhtin e gêneros discursivos. Relatos pessoais. Estilística e entonação expressiva. |