Modo de uso, armazenamento e descarte de medicamentos: relatos de portadores de doenças crônicas não transmissíveis cadastrados pela estratégia saúde da família de cinco municípios mineiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Caixeta, Nádia Camila Rodrigues Costa lattes
Orientador(a): Figueiredo, Glória Lúcia Alves lattes
Banca de defesa: Ramos, Salvador Boccaletti lattes, Cesarino, Evandro José lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/465
Resumo: Os portadores de DCNT são particularmente expostos a problemas relacionados com o uso de medicamentos, devido à polifarmácia e tratamentos prolongados para o controle das doenças e melhoria da qualidade de vida. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o modo de uso, armazenamento e descarte de medicamentos de portadores de DCNT, cadastrados pela ESF de cinco municípios mineiros. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista domiciliar, utilizando o aplicativo droidSURVEY, disponibilizado em tablets e dispositivos móveis de smartphones para armazenamento dos dados. Para a análise estatística utilizou-se o software R, versão 3.3.0. As entrevistas domiciliares foram realizadas com 512 indivíduos portadores de DCNT cadastrados pela ESF e que utilizaram medicamentos para tratamento destas doenças, no período de março a julho de 2016. Houve predomínio do sexo feminino (64%), estado civil casado (53%), com faixa etária entre 60 e 69 anos (30%), escolaridade inferior a sete anos de estudo (80%) e renda salarial constituída entre 1 e 3 salários mínimos (84,6%), vigente em 2016. As DCNT declaradas pelos participantes foram 81,4% por doenças do sistema circulatório, 46,6% por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, e, 27,7% por transtornos mentais e comportamentais. Quanto às comorbidades, estiveram presentes em 54,2% dos portadores de DCNT. O modo adequado de uso dos medicamentos foi classificado em 77% dos participantes e, em 23% foram identificadas situações em que o modo de uso dos medicamentos estava inadequado devido ao desacordo posológico (42,7%) e por interrupção do tratamento (57,3%). Quanto ao local de armazenamento dos medicamentos, o quarto foi o local mais frequente (58,7%). A maioria (90,7%) dos locais foram classificados como seguros e adequados. Quanto ao local de descarte dos medicamentos inutilizados, o meio ambiente (92,2%) foi o principal local citado. A destinação correta dos medicamentos foi constatada em apenas 7,23%. A elevada frequência de indivíduos que realizam adequadamente o tratamento e o armazenamento dos medicamentos possibilitam sugerir que este resultado é fruto da parceria da equipe de saúde da família com o doente crônico e a família, colocando em prática o conceito da aliança terapêutica. Quanto ao destino adequado dos medicamentos, caberia aos gestores em parceria com a população elaborarem políticas de esclarecimentos e incentivos, a fim de reduzir os possíveis e previsíveis problemas de saúde pública.