Os percursos dos atores Lavo, Mundo e Jano: A enunciação e o enunciado em Cinzas do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Moscardini, Miriam lattes
Orientador(a): Abriata, Vera Lucia Rodella lattes
Banca de defesa: Pernambuco, Juscelino lattes, Miyazaki, Tieko Yamaguchi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/665
Resumo: Esta dissertação analisa o romance Cinzas do Norte, de Milton Hatoum por meio do arcabouço teórico da semiótica francesa, com o objetivo de verificar de que modo se instaura a relação conflituosa entre o ator protagonista “Mundo” e seu pai “Jano”, tendo em vista o valor que cada um deles atribui a seus objetos de valor. Para isso, recorre-se ao estudo das paixões, em especial, à paixão da cólera e suas variantes, com base nos estudos de A. J. Greimas e J. Fontanille. Examina-se também a questão do ponto de vista na narrativa em que o narrador “Lavo”, no presente da enunciação, relata a história do amigo Mundo e, por meio de seu foco de observação, como simulacro do enunciador e como ator participante, reconstrói o percurso do protagonista, delegando voz a outros narradores, o que propicia a criação de efeitos de sentido de verdade ao texto. Analisam-se, por fim, as estratégias utilizadas pelo enunciador ao mudar o foco de observação e a delegação de voz, e, ainda, a ancoragem do texto no norte do país e no contexto da ditadura militar, buscando os efeitos de sentido produzidos no texto por meio desses tipos de ancoragem espacial e temporal, e o caráter pluriisotópico da figura das “cinzas” no romance hatouniano.