Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Maciel, Jaqueline Fernanda de Souza
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Orientador(a): |
Boaventura, Maria Fernanda Cury
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Banca de defesa: |
Boaventura, Maria Fernanda Cury
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Martins, Patrícia Fátima de Oliveira
,
Lima, Kauê Carvalho de Almeida |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Cruzeiro do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Campus Liberdade
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/286
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Resumo: |
A maratona pode gerar danos musculares, os quais podem ser verificados através do aumento nos níveis de biomarcadores sanguíneos. Existem variações nos genes que podem ser associados com maior predisposição a lesões musculares decorrentes de exercícios físicos. A variação em uma determinada sequência do DNA presente em mais de 1% da população é denominada polimorfismo. O polimorfismo R577X do gene ACTN3 influencia na distribuição da tipagem de fibras, consequentemente na estrutura e função muscular. Estudos anteriores têm investigado o papel deste polimorfismo no desempenho esportivo e na função e lesão muscular em diferentes tipos de exercício. Investigamos a influência do polimorfismo R577X do gene da alpha-actinina-3 na lesão muscular induzida pela maratona em atletas amadores. Participaram do estudo 81 maratonistas amadores do sexo masculino, com idade média de 40±1 anos, 77±4 kgs, índice de massa corporal (IMC) 24,5±06, vivência de 7±5 anos em provas de longas distancias e concluintes da Maratona Internacional de São Paulo de 2015 no tempo médio de 261±6 min. As amostras de sangue foram coletadas um dia antes da maratona, imediatamente após a maratona, 1, 3 e 15 dias após maratona para avaliação dos marcadores de lesão muscular (creatina quinase, CK, mioglobina, lactato desidrogenase, DHL, transaminase glutâmico oxalacética, TGO, e transaminase glutâmico pirúvica, TGP). A análise da genotipagem foi realizada através do método de polimerase chain reaction. A maratona induziu um aumentou nos níveis plasmáticos de CK (aproximadamente 20 vezes), DHL (2 vezes), TGO (2.5 vezes), TGP (1.4 vezes) e mioglobina (20 vezes). A atividade da CK, TGO e DHL retornaram aos níveis basais 15 dias após a maratona. Já a atividade de TGP e concentração de mioglobina permaneceram alteradas nos genótipos RX e XX após 15 dias enquanto retornaram aos valores basais no genótipo RR. O genótipo XX teve maior concentração plasmática de CK, TGO, TGP, DHL e mioglobina 3 dias após a maratona quando comparado com genótipo RR. A concentração de mioglobina também foi maior no genótipo XX 1 dia após a maratona, quando comparado com o genótipo RR. Não foi possível apontar um genótipo mais suscetível a lesão muscular através dos biomarcadores utilizados, porém ficou evidente a recuperação mais tardia da lesão muscular induzida pelo exercício de longa-duração no genótipo XX comparado ao RR. A individualidade do atleta como seu perfil genético é importante para uma periodização mais efetiva, diminuindo o risco de lesões causadas por tempo de recuperação insuficiente. |