Concepções e percepções sobre promoção de saúde em universitários de um curso de medicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Maluf, Ângela Regina Leonesi lattes
Orientador(a): Silva, Rosalina Carvalho da lattes
Banca de defesa: Gazeta, Claudia Eli lattes, Villela, Wilza Vieira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/553
Resumo: A partir do novo conceito de saúde, entendida como resultante de múltiplos fatores dentro de um processo dinâmico, os cuidados com a saúde dos indivíduos e da sociedade, estão cada vez mais, sob os influxos da temática da Promoção de Saúde, que se apresenta progressivamente presente e determinante. Neste contexto, a relação entre os conceitos de saúde, de prevenção e de promoção de saúde, deve ser precisamente compreendida para que o profissional de saúde ofereça um tratamento adequado aos problemas da saúde dos indivíduos e da sociedade. Para tanto, ressalta-se a importância da formação profissional orientada pelas diretrizes e princípios da Promoção de Saúde. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar as concepções e percepções sobre Promoção de Saúde de alunos do último ano do curso de medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Tratou-se de uma pesquisa do tipo descritiva com abordagem quali-quantitativa, em que participaram sessenta graduandos que responderam a um questionário auto-administrado, anônimo, com questões referentes a concepções e percepções sobre promoção de saúde e saúde coletiva. Para análise dos dados quantitativos foi utilizada a estatística descritiva e para os dados qualitativos a análise de conteúdo temática. Dos 60 participantes, de ambos os sexos, com idade entre vinte e três e vinte e nove anos, 38% responderam ter preferência por atuarem na área de Clínica Médica frente a 5% na área de atenção primária. Em relação ao contexto de atuação, 41,7% relataram preferirem os contextos de atenção secundária e terciária frente a 3,3% de preferência para a atenção primária. 70% dos estudantes compreendem o conceito de prevenção como uma forma de evitar doenças e conceito de saúde como o da OMS. Quanto à concepção de promoção de saúde, 23,4% e 20%, relataram compreendê-la como ações preventivas e educação em saúde, respectivamente. Sobre o modo de atuação médica proposta para a promoção de saúde, tem-se que predominam as ações na comunidade (40%) e ações preventivas (28,3%). Em relação às percepções dos alunos sobre o nível de integração entre o conteúdo teórico e atividades práticas, 21% relataram haver um descompasso entre teoria e prática e 15% consideraram que há pouco envolvimento no estágio, seguido de 11,7% que referiram a escassez de recursos e 10% que a graduação tem enfoque curativista. Portanto, concluímos que (i) os alunos apresentam uma compreensão inadequada e incompleta acerca dos conceitos de saúde, de prevenção e de promoção de saúde; (ii) os médicos têm preferido áreas de atuação de maior remuneração, maior resolutividade e menor vínculo com os pacientes; (iii) o nível de integração teórico-prático nas atividades acadêmicas é insatisfatório. Todos estes dados podem ser considerados um reflexo de um modelo de formação médica em descompasso com as diretrizes da Promoção de Saúde e afastada das reais necessidades dos indivíduos e da sociedade.