Em busca de Beatriz: análise semiótica de “Uma Carta” de Sérgio Sant’anna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Thomé, Vânia dos Reis Rodrigues lattes
Orientador(a): Nascimento, Edna Maria Fernandes dos Santos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/774
Resumo: Este trabalho analisa, tendo como fundamentação teórica a semiótica francesa, o conto “Uma Carta” do livro O Monstro de Sérgio Sant'anna, com o objetivo de adentrar no universo feminino de Beatriz que busca a razão da própria existência de seu “eu”. Com esse fim, a pesquisa descreve de que maneira os semioticistas Greimas, Bertrand e Landowski articularam suas teorias. A partir da definição, para aprender do método científico da semiótica francesa, examinam-se algumas relações específicas entre a lingüística de Hjelmslev, e os demais semioticistas, faz-se também alusão à semiótica norte americana para diferencia-la da semiótica francesa, chegando assim a teoria da semiótica francesa de Hjelmslev discurso fundador e a outras obras que lhe serviram de apoio no desenvolvimento de sua teoria. No conto o objeto de análise observa-se, a reflexão do enunciador sobre o ato de escritura da obra “Uma Carta” e sobre a construção do ator da enunciação e do enunciado Beatriz é característica que se manifesta ao longo de toda o conto. Em vista disso, a verificação de como se dá os aspectos do texto que explicitamente organizam o discurso escrito do ponto de vista do escritor (metadiscurso) e de como o ator se constrói no percurso da busca de seu próprio “eu” constituiu a base da análise do conto, sempre sustentada pelos teóricos da semiótica. O narrador, simulacro do sujeito da enunciação Beatriz, relata o encontro com seu amante Carlos. Neste sentido, o sujeito da enunciação transformar-se na carta em que o enunciador intitula-se Beatriz. Desse modo, Beatriz constrói-se como um ator de um encontro passado com seu amante, em busca de reviver aquelas emoções de medo, perigo, desejo, frustração, entre outros, em que cada sentimento representa temáticas diferentes.