Conhecimento e utilização do diamino fluoreto de prata entre cirurgiões-dentistas do estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Koller, Ingrid Biberg
Orientador(a): Fidalski, Solena Ziemer Kusma lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: PPG1
Departamento: Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4080
Resumo: A cárie dentária é uma doença ainda considerada um problema de saúde pública mundial que, se não tratada, tem consequências negativas para a saúde geral e a qualidade de vida dos indivíduos, em especial para as crianças. Com referência ao controle/tratamento da doença no contexto da Odontologia minimamente invasiva, a literatura aponta uma variedade de produtos e intervenções com essa finalidade, tais como o tratamento restaurador atraumático, os selantes, e os produtos com fluoreto nas suas mais diferentes formas, incluindo nestes, o diamino fluoreto de prata (DFP). Este, trata-se de uma intervenção promissora para o tratamento das lesões de cárie, visto que é economicamente acessível, de fácil aplicação, seguro, indolor e pode ser empregado em larga escala. Os atributos mencionados anteriormente tornam o DFP passível de amplo uso em saúde pública. Desta forma, o objetivo deste estudo transversal foi identificar o conhecimento e a utilização do DFP entre cirurgiões-dentistas do estado do Paraná, Brasil. Para tanto, no período de agosto a outubro de 2021, com amostragem intencional, a coleta de dados se deu por meio de questionário via Google® Formulários para 100 profissionais, disponibilizado por meio de um aplicativo de comunicação telefônica. A ferramenta contava com 22 perguntas objetivas que tratavam de aspectos demográficos, formação profissional e utilização do material em questão. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel® e analisados em SPSS® versão 25.0. Foram aplicados os testes de t de Student e Qui-quadrado. Valores de p < 0,05 foram considerados com diferença estatisticamente significativa. Participaram 60 cirurgiões-dentistas (taxa de resposta = 60%). As mulheres compuseram 91,7% da amostra total e a média de tempo de formação de 15,9 (± 11,7) anos. Participantes com maior média de tempo de formação (19,8 ± 1,9 anos) afirmaram utilizar mais o DFP quando comparados aos formados há menos tempo (p = 0,01). Diferença estatisticamente significativa (p = 0,02) também foi encontrada com relação ao local de trabalho, pois aqueles que atuam no serviço público utilizam mais o material. Um total de 27 (45,0%) se manifestou positivamente quanto à utilização do DFP, entretanto foi observada uma diversidade de respostas referentes ao conhecimento do uso e das indicações do DFP. Mais de 40% dos respondentes não sabem qual é a concentração mais indicada do produto e 77,8% o indicam apenas para crianças. Ainda, 70,4% removem tecido amolecido antes de aplicar o DFP. Quanto às vantagens do DFP, destacaram-se a ação bactericida/bacteriostática apontada por 74,1% dos respondentes e a não necessidade de intervenções mais invasivas (55,6%). Houve unanimidade ao ser mencionada a questão estética como o maior fator que limita a indicação do tratamento com DFP. Concluiu-se que o conhecimento em relação à utilização do DFP entre os cirurgiões-dentistas, aqui investigados, é deficitário, o que reforça a necessidade de ações de educação continuada e o desenvolvimento de protocolos de utilização, o que pode favorecer o incremento do uso desse material.