Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Picinin, Claudia Tania
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Orientador(a): |
Graeml, Alexandre Reis
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
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Programa de Pós-Graduação: |
PPG1
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Departamento: |
Departamento 1
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2794
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é discutir a efetividade da bolsa de produtividade no fomento da pesquisa científica no país por meio da comparação da produção técnicocientífica dos professores de programas de pós-graduação stricto sensu mais produtivos da área 27 da Capes com os bolsistas de produtividade da área de Administração, no triênio 2010-2012. Foram objeto deste estudo os 178 bolsistas de produtividade (todos os vigentes em agosto de 2013) e os 178 professores mais produtivos da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Os dados foram coletados manualmente ou por meio do software ScripLattes, a partir do Currículo Lattes dos pesquisadores. Foi realizada também uma survey com o intuito de verificar a percepção dos docentes sobre temas relativos à pós-graduação. Observou-se que os bolsistas de produtividade e demais professores da pósgraduação são, em sua maioria, do sexo masculino (70,79%), sendo que UFRGS, FGV/SP e USP concentram o maior número de bolsistas, enquanto USP, Uninove e UFSC possuem o maior número de não-bolsistas mais produtivos. É evidente a concentração de docentes (bolsistas e não-bolsistas) na região Sudeste do Brasil. No triênio, os bolsistas de produtividade publicaram 692 artigos em periódicos de alto impacto (A1 e A2), 1.019 artigos em periódicos de médio impacto (B1 e B2) e 743 artigos em periódicos de baixo impacto (B3, B4 e B5). Já os demais professores da pós-graduação publicaram 512, 1.368 e 1.114 artigos em periódicos assim classificados, respectivamente. Em anais de eventos foram publicados 905 artigos por bolsistas de produtividade e 4.657 artigos por não-bolsistas no triênio. Os bolsistas de produtividade têm um histórico de maior produção ao longo da carreira, enquanto os demais professores da pós-graduação se demonstraram mais produtivos, a partir de várias perspectivas de análise, ao longo do triênio 2010-2012. Bolsistas e não-bolsistas que participaram ativamente da pesquisa, respondendo à survey, consideram conhecer os critérios de concessão de bolsa de produtividade, mas julgam existir falhas no processo e declaram que há subjetividade na avaliação. Quanto à percepção dos docentes sobre produtividade e produtivismo acadêmicos, ambos os grupos ressaltaram que as áreas de pós-graduação e produção científica do país progrediram com a implementação de métricas. No entanto, há opiniões distintas a respeito dos avanços obtidos e dos resultados que ainda se pode obter a partir dos mecanismos de estímulo à produtividade científica existentes: (i) alguns pesquisadores consideram o produtivismo acadêmico um fenômeno prevalente e alegam sentir seus efeitos nocivos; (ii) outros consideram a elevada produção acadêmica como uma opção prazerosa; (iii) outros ainda, consideram que os órgãos de fomento impõem as regras, mas que o produtivismo é criado em corresponsabilidade com os pesquisadores, ansiosos por obter um bom desempenho em relação às métricas definidas. Existem diversas percepções distintas do cenário de produtividade/produtivismo vivenciado pela academia. Apesar disso, bolsistas de produtividade e demais professores da pós-graduação mais produtivos da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo possuem produção científica equivalente e, mesmo identificando possibilidades de melhorias para a área, sentem-se satisfeitos em atuar na docência e na pós-graduação. |