Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Aquino, Diolinda Júlia Nascimento de
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Orientador(a): |
Santos, Branca Maria de Oliveira
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Banca de defesa: |
Simon, Cristiane Paulin
,
Fernandes, Daniela Rodrigues
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/663
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Resumo: |
O presente estudo, de caráter descritivo-analítico, teve como objetivos identificar os 35 portadores de necessidades especiais em assistência odontológica em uma clínica de especialidades odontológicas, e seus respectivos cuidadores e caracterizar o envolvimento do cuidador do portador de necessidades especiais com assistência odontológica oferecida. Os dados foram obtidos através de um roteiro de entrevista contendo perguntas fechadas e abertas. Os resultados advindos dos dados de identificação e das falas dos cuidadores apontaram para portadores de necessidades especiais entre um e 45 anos, com pouca variação entre as idades, sendo maioria do sexo feminino (54,3%). A procedência estava ligada a alguns municípios da DIR IX (Barretos) e DIR XIII (Franca). Nenhum portador de necessidade especial desenvolvia algum tipo de trabalho formal como ocupação, demonstrando uma clientela dependente de alguém ou de algum tipo de recurso financeiro. Todos os portadores de necessidades especiais tinham diagnóstico de deficiência mental, sendo exclusivo em 31,4%, ou associado a outros distúrbios como neuromotor (34,3%), alterações genéticas (8,6%) e deficiência física (2,9%). Alguns portadores (42,8%) já haviam recebido assistência odontológica anteriormente, oferecida pela APAE (65,0%) ou por clínicas ligadas a Faculdades de Odontologia (25,0%). Em relação aos cuidadores, a idade variou de 15 a 70 anos, sendo 68,9% entre 15 e 45 anos. Os cuidadores eram também, na grande maioria (97,1%) do sexo feminino, cujo grau de parentesco era por pessoas do convívio mais próximo com os portadores de necessidades especiais (mãe, irmã/ão, tia/o). Pelas falas foram verbalizados os vários motivos de ser cuidador, estando relacionados ao fato de ser mãe, e acompanhados por sentimentos de abnegação, doação, altruísmo, resignação, proximidade, dentre outros. Nenhum cuidador recebe algum tipo de honorário pela função. Todos consideraram a assistência odontológica importante para o portador de necessidades especiais, sendo que as dificuldades enfrentadas estiveram relacionadas à dificuldade de transporte, horário de atendimento, o não saber lidar com a deficiência e o medo da sedação. Todos os cuidadores verbalizaram o recebimento de orientações acerca de alguns aspectos relacionados à assistência odontológica oferecida e alguns relacionaram determinadas dificuldades enfrentadas acerca das orientações recebidas. 91,4% dos cuidadores verbalizaram a colaboração do portador de necessidades especiais para a implementação das orientações e os demais referiram a necessidades de adoção de algumas formas de sensibilização diferenciada (brinquedos, estórias e música). Foram manifestadas pelos cuidadores algumas alterações perceptíveis no comportamento dos portadores de necessidades especiais e a necessidade de renúncia pessoal por ter assumido a função de cuidador. A visão dos cuidadores sobre a sua função durante a assistência odontológica encerra em si a discussão desses heróis anônimos que merecem o reconhecimento de seu papel não só na esfera familiar, mas principalmente na social. |