Aspectos históricos dos modelos atômicos nos livros didáticos de química: um mapeamento do período de 1929 a 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pires, Ronaldo Gonçalves lattes
Orientador(a): Amaral , Carmem Lúcia Costa lattes
Banca de defesa: Amaral, Carmem Lúcia Costa lattes, Barros, Marcelo Paes de lattes, Palanch, Wagner Barbosa de Lima lattes, Gomes, Leonardo Ribeiro lattes, Floresta, Denise Lages lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4104
Resumo: O livro didático é a principal fonte utilizada pelos professores de Química para a elaboração de suas aulas. Dada a sua importância, precisamos considerar a efetiva adequação desses materiais aos aspectos históricos da ciência. Para compreendermos a inserção da história da ciência nos livros didáticos de Química, propomos um mapeamento para responder à seguinte questão: Quais foram as principais mudanças promovidas pela legislação educacional e pela história da ciência na abordagem histórica dos modelos atômicos nos livros didáticos de Química no período de 1929 até 2018? Nosso objetivo foi analisar a inserção dos aspectos históricos dos modelos atômicos nos livros didáticos de Química a partir de um mapeamento das contribuições da história da ciência e da legislação. A metodologia desenvolvida foi qualitativa do tipo pesquisa documental, utilizando como técnica a análise de conteúdo de Bardin. Foram analisados 102 livros didáticos do acervo da Biblioteca do Livro Didático da Universidade de São Paulo e 6 livros didáticos do acervo do pesquisador. A análise dos resultados evidenciou que documentos normativos da educação foram determinantes nessas mudanças, com destaque para os acordos entre o Ministério da Educação e a United States Agency for International Development e a implantação do Programa Nacional do Livro Didático de Química. Percebemos um lapso temporal na incorporação dos fatos da história da ciência ao conteúdo dos livros didáticos que, apoiados na teoria de Imre Lakatos, creditamos ao período de consolidação dos programas de pesquisa científica associados aos modelos atômicos e à necessária transposição didática desses fatos para a ciência escolar. Concluímos que a compreensão das dinâmicas de inserção de conteúdo nos livros didáticos pode auxiliar os professores a utilizarem esses materiais de forma mais consciente, inserindo a história da ciência nas aulas como fator de humanização do ensino. Percebemos também a potencialidade do alinhamento entre a produção acadêmica em história da ciência e os legisladores educacionais, como forma de promover melhorias nos livros didáticos.