Estudos de imobilização de α-GALACTOSIDASE Em microesferas de alginato-quitosana para utilização em alimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Taborda, Patrícia Cristine Scussiato de Andrade lattes
Orientador(a): Karp, Susan Grace lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2587
Resumo: A α-D-galactosídeo galactohidrolase (E.C. 3.2.1.22), conhecida como αgalactosidase (α-gal), é uma enzima importante na hidrólise de oligossacarídeos presentes em leguminosas, principalmente a soja. Esta enzima não está presente no trato gastrointestinal dos seres humanos, fazendo com que o consumo e aproveitamento nutricional de leguminosas seja restringido em virtude de desconfortos gastrointestinais, flatulência e diarreia causados pela não degradação dos oligossacarídeos melibiose, estaquiose e rafinose. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nº 53 de 07 de outubro de 2014 aprova os micro-organismos Aspergillus niger, Mortierella vinacea e Saccharomyces carlsbergensis como fontes seguras para a obtenção de α-galactosidase para uso em alimentos destinados ao consumo humano. Essa restrição quanto aos micro-organismos produtores limita as possibilidades de obtenção de enzimas com propriedades diferenciadas, tais como estabilidade à temperatura. A imobilização de enzimas é uma alternativa para aumentar a estabilidade e também permitir o reúso das mesmas em processos de catálise enzimática. Este trabalho teve como objetivo imobilizar α-galactosidase proveniente de Aspergillus niger (Apsen®) em microesferas de alginato de sódio, com e sem revestimento de quitosana, bem como avaliar os parâmetros ótimos de atividade enzimática (temperatura e pH), a estabilidade à temperatura e ao pH, a eficiência de reúso e também os parâmetros cinéticos (velocidade máxima e constante de Michaelis-Menten) da enzima livre e imobilizada, visando possíveis aplicações no preparo de alimentos. A imobilização em alginato de sódio (0,75, 1 e 1,25% m/v), a partir de uma solução enzimática com 0,2015 U.mL-1 , resultou na formação de microesferas que apresentaram em média 0,1399 U.g-1 de atividade enzimática para os tratamentos sem revestimento e com revestimento de 0,4% (m/v) de quitosana na concentração de 0,75% (m/v) de alginato. Para os demais tratamentos, com revestimento de 0,4 e 0,8% (m/v) de quitosana, a atividade média foi 0,1838 U.g -1 . A temperatura ótima foi de 37°C e o pH ótimo foi 4,8 para as enzimas livre e imobilizada. Após 30 min de incubação na temperatura de 80°C a enzima livre reteve 67% de atividade, enquanto as enzimas imobilizadas retiveram entre 70 e 100% de atividade. Após incubação a 100°C, as enzimas livre e imobilizada com revestimento de quitosana 0,8% (m/v) não apresentaram atividade, enquanto aquelas imobilizadas em alginato sem revestimento e também as revestidas com quitosana 0,4% (m/v) apresentaram atividades residuais entre 67 e 92%. Observouse maior estabilidade em pH 8,4 para as enzimas imobilizadas com revestimento de quitosana e para a enzima livre, em relação às imobilizadas não revestidas. Nenhum tratamento apresentou maior estabilidade ao pH 3,0 em relação à enzima livre. A enzima livre apresentou maiores valores de Vmax e KM (2,18 µmol.min-1 e 3,58 mM) em relação à enzima imobilizada em algintato 1% (m/v) sem revestimento (0,686 µmol.min-1 e 1,15 mM) e com revestimento de quitosana 0,4% (m/v) (0,680 µmol.min-1 e 1,07 mM).