Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza, Fernando Leonardo Diniz
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Orientador(a): |
Villela, Wilza Vieira
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Banca de defesa: |
Paulin, Cristiane da Silva
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Limongi, Jean Ezequiel
,
Zaia, José Eduardo
,
Figueiredo, Glória Lúcia Alves |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Doutorado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1062
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Resumo: |
Com a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) em 2008, dentro da perspectiva de expandir as ações de promoção de saúde no âmbito da atenção básica, coloca-se a importância de descrever quem são os indivíduos que participam das atividades propostas e como estes chegam ao programa, considerando-se que não é previsto que o NASF seja porta de entrada ao sistema e sim apoio multiprofissional às equipes de saúde da família. Dado que o pouco tempo de existência do NASF ainda não permitiu um grande volume de estudos e análises que possam melhor situar o seu lugar na dinâmica da atenção básica, este trabalho tem como objetivos: descrever o perfil dos usuários do NASF e identificar como ocorre seu acesso ao programa em um município de porte médio do interior de Minas Gerais. Para tanto foi realizada pesquisa transversal por meio de aplicação de questionários a uma amostra de 300 usuários das três equipes de NASF em atuação no município selecionado visando identificar características sócio-demográficas, de saúde e do acesso ao NASF. Para a análise dos dados coletados foi realizada a exploração uni e bivariada das características dos usuários; para caracterizar o acesso foi realizada análise bivariada, considerando-se como variável dependente o encaminhamento ao NASF por algum agente do SUS. Os resultados mostram que o NASF acolhe um percentual maior de mulheres, autodefinidas como brancas, com baixa renda e escolaridade, com predominância de faixas etárias mais elevadas, algumas vezes sem queixas de saúde e que buscam o serviço por influência de conhecidos. Os homens, em menor número, são em média mais velhos e apresentam mais queixas de saúde. Para ambos os sexos, os encaminhamentos para as atividades ocorrem com maior frequência quando existem queixas ou problemas de saúde, e compreendem 29% dos usuários; os demais 71% chegaram ao NASF por demanda espontânea, em função de informação ou convites feitos por amigos ou conhecidos. Estes resultados mostram que no município considerado o NASF não tem funcionado de acordo com a sua normativa. Entretanto, ao possibilitar acesso a todos os que desejam ou necessitam de cuidados multiprofissionais visando a promoção ou recuperação da saúde, o NASF tem cumprido as diretrizes do SUS de universalidade e integralidade. Apesar disso, o pouco número de homens e de pessoas que se autodescrevem como brancas sugerem que são necessários esforços para melhor realizar a equidade proposta pelo SUS. Estes resultados sugerem a necessidade de um monitoramento cuidadoso do uso deste recurso de modo a garantir que não haja impedimento ao acesso daqueles que não têm uma queixa específica e que querem se beneficiar deste tipo de oferta, assegurando, ao mesmo tempo, que também não haja empecilhos ao acesso dos que necessitam frequentar as atividades de modo a preservar a sua saúde. Ou seja, deve-se evitar que a demanda espontânea impeça ou crie obstáculos para o acesso da demanda referenciada, sem, no entanto, fechar as portas do serviço. Palavras chave: Núcleo de apoio à saúde da família; atenção básica à saúde; promoção de saúde |