Uma visão sobre a eco-epidemiologia da hantavirose: revisão sistemática e fatores socioambientais associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Furtado, Michelle Andrade lattes
Orientador(a): Andrade, Mônica de lattes
Banca de defesa: Cesario, Manuel lattes, Guimarães, Raul Borges lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/580
Resumo: A urbanização desestruturada, com exclusão social e grandes projetos de engenharia, como represas, rodovias, e a expansão de fronteiras agrícolas que ocupam áreas naturais, anteriormente não habitadas, são algumas das consequências do aumento populacional que geram situações bem conhecidas no cotidiano de todos. Essas ações vêm causando perdas irreversíveis à biodiversidade e aos serviços dos ecossistemas e têm um reflexo direto na saúde humana. A degradação ambiental é citada como condição freqüente dentre as características relacionadas com o aparecimento das doenças emergentes, porém é pouco considerada em estratégias de políticas públicas, em que a terapêutica é a regra antes da prevenção de doenças e promoção de saúde. As discussões atuais tratam de novas estratégias de produção, integração e intervenção dos conhecimentos oriundos da possibilidade de ação interdisciplinar. Neste sentido, este estudo se propôs a verificar as consequências das alterações ambientais na saúde humana. Para isto, este estudo foi dividido em duas etapas. A primeira foi referente à revisão sistemática sobre a Hantavirose. Isto mostrou que poucos estudos tratam da relação dos ambientes com os episódios de Hantavirose quando comparados aos estudos moleculares sobre o vírus. A segunda parte deste estudo tem como objetivo identificar os aspectos sociais e ambientais relacionados às áreas de transmissão da Hantavirose no Brasil. Os resultados mostraram que desmatamento resultante do avanço das fronteiras agrícolas reduziu grandes extensões de florestas a pequenos fragmentos e essa fragmentação favorece espécies generalistas, como as dos roedores silvestres. Estes são reservatórios do Hantavírus e essas alterações ambientais contribuem para surtos de doenças, como a Hantavirose, em populações humanas, pois promovem a aproximação entre o homem e roedores. São necessárias aumento das áreas de conservação de maneira a manter um ecossistema estável, com predadores de roedores para controle populacional e campanhas de esclarecimento sobre os modos de transmissão, contágio e boas práticas de armazenamento de produção agrícola, de maneira a evitar proliferação de roedores, sobretudo para populações mais vulneráveis.