Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Yamashiro, Jefferson Escobar
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Orientador(a): |
Michaliszyn, Mario Sergio
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Positivo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3773
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Resumo: |
Muitos são os problemas relacionados à atividade dos catadores de recicláveis como, por exemplo, temas como riscos físicos (quedas, cortes, Lesão por Esforços Repetitivos), separação incorreta, presença de vetores causadores de doenças, baixa remuneração, depressão, preconceito, incineração. Essa dissertação tem por objetivo construir subsídios relacionados às relações de trabalho e aos riscos a elas associados, bem como suas contribuições ambientais, a partir das percepções dos catadores, com vistas ao repensar de ações voltadas para essa categoria profissional, quanto aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), como a erradicação da pobreza, o emprego digno e crescimento econômico, a redução das desigualdades, as cidades e comunidades sustentáveis, o consumo e a produção responsável. A metodologia qualitativa, realizada por meio de 29 entrevistas semiestruturadas e a análise dos dados obtidos, ocorreu adotando-se a metodologia proposta por L. Bardin para a análise de conteúdo. O grupo pesquisado é composto majoritariamente por mulheres, pardas ou negras (como disse uma entrevistada, raça parda não existe), com ensino fundamental (apenas um dos catadores afirma que estuda para ter melhores condições de vida), recebendo 1,2 saláriosmínimos (o mais baixo salário é de 0,4 salários mínimos e o mais alto é de 3 salários mínimos) e com uma média de 1,6 dependentes (existindo um catador que sustenta 5 dependentes com 1 salário). Os resultados demonstram que eles sabem da existência dos riscos de trabalho nos barracões, com maior ênfase aos cortes por perfurocortantes (ouvir que os riscos “faz parte” ou “não existem” também é relatado). Na voz dos catadores, verificam-se problemas como falta de materiais recicláveis para trabalhar (“prejudica nossa renda”, como disse um catador), falta de campanhas para separação, falta de maquinários como prensa (“diminui nossa renda”), falta linha de crédito para melhoria dos barracões, como ampliação de área e aquisição de maquinários melhores e baixo salário estão presentes nos discursos. As mesmas vozes dizem que são cientes da contribuição ambiental que sua atividade exerce. A incineração dos rejeitos apresentou 90% de manifestações positivas ou indiferentes, muitas vezes por terem pouco conhecimento, ou total desconhecimento sobre o assunto, e 10% das manifestações foram negativas, e uma delas afirmou que o retorno de matéria-prima aos processos produtivos não existe na incineração e a incineração impede que pesquisas sejam feitas para a reciclagem dos rejeitos. Dados os problemas mencionados e a vulnerabilidades que os catadores das associações estão submetidos, Curitiba atualmente precisa melhorar no que toca a visibilidade e suporte para esta categoria de trabalhadores. |