Flexibilização organizacional e contexto de incerteza: um estudo com gestores de organizações temporárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Borges, Maurel Granatto lattes
Orientador(a): Vizeu, Fabio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2947
Resumo: Esta pesquisa explora a relação entre o contexto ambiental e as estruturas organizacionais nele imersas. Parte da premissa de que contextos de menor incerteza ambiental tendem a favorecer estruturas rígidas, formais, premiadas com a previsibilidade; entretanto, quando é maior a incerteza, emergem estruturas mais flexíveis, melhor adaptadas ao incerto. Tendo como fonte organizações temporárias dedicadas à consecução de projetos, e, como unidade de análise, seus gestores, tratase de estudo descritivo, utilizando procedimentos quantitativos e qualitativos. Em uma primeira etapa de questionário aplicado no formato de survey, foi coletada a amostra de 181 respostas - 26,23% de retorno sobre o universo. As respostas receberam tratamento quantitativo em busca de padrões de comportamento. Para aprofundar os resultados desta etapa, foram discriminados três grupos conforme os padrões de respostas, e, destes grupos, foram selecionados respondentes representativos para entrevistas semiestruturadas. O resultado da pesquisa comprova o postulado do referencial teórico: diante da percepção do contexto de incerteza, o gestor busca a flexibilidade da estrutura organizacional para lhe fazer frente. Os resultados também sugerem que os gestores, demonstram forte confiança em ferramentas quantitativas e qualitativas e tendem a utilizá-las para prever e, assim, controlar cenários. Todavia, registra-se que um pequeno grupo sugere desconfiar de ferramentas para prever cenários, prefere alocar recursos para eventos incertos na preparação, no impacto aos objetivos de um projeto. Outro resultado de pesquisa também interessante é o que revela a forte percepção dos gestores diante da incerteza de munificência, que corresponde ao potencial de impacto na sustentabilidade do negócio dado que esta se encontra relacionada à disponibilidade de recursos. Preconizada pela literatura referencial, a racionalidade limitada se apresenta na análise qualitativa das entrevistas, o que evidencia que os gestores agem restritos por fatores como o tempo e as informações disponíveis, bem como sua própria capacidade de análise. Nas conclusões, pode-se afirmar então que o trabalho contribui para comprovar a literatura, explicitar crenças e modos de ação diante do incerto. Sobretudo, mostra que diante da incerteza associada a empreendimentos a realizar no futuro, a flexibilidade se impõe sobre a rigidez estrutural.