Condições de saúde e vida de usuários da rede de atenção básica com úlcera venosas em membros inferiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gonçalves, Odilene lattes
Orientador(a): Andrade, Mônica de lattes
Banca de defesa: Amâncio, Natalia de Fátima Gonçalves lattes, Santos, Branca Maria de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/466
Resumo: A promoção da saúde estreita a relação entre profissionais e usuários, permite a coparticipação dos indivíduos no cuidado com sua saúde, tornando-os ativos e conscientes de sua condição de vida. Os indivíduos que possuem úlceras venosas apresentam impacto socioeconômico devido sua recorrência e cronicidade. Objetivo: identificar as condições dos indivíduos com úlcera venosa e a satisfação com o serviço de saúde da Atenção Básica de um município do interior de Minas Gerais. Materiais e Métodos: estudo descritivo, transversal, realizado de setembro de 2016 a janeiro 2017. Foi elaborado um instrumento semi estruturado considerando o modelo “Campo de Saúde” de Lalonde, que foi utilizado como roteiro de entrevista, em 65 indivíduos com úlcera venosa. Resultados: indivíduos do sexo feminino (63,1%), com idade média de 65,35 anos, (89,1%) de fatores de risco para insuficiência venosa crônica, casados (47,7%), vivendo com a família em casa própria, tendo a aposentadoria como principal fonte de renda,ensino fundamental incompleto (60%). A média em relação ao tempo de diagnóstico e tratamento da UV foi de 13,2 anos, sendo que o menor período de tempo de diagnóstico e tratamento referido foi de um ano e o maior 62 anos. Em relação às consequências de ter UV, (98,5%) referiu alterações emocionais, isolamento social, dificuldade de deambulação associada com dor. Em relação à alimentação 72,1% referiram fazer até quatro refeições por dia. Relataram já ter recebido orientações da equipe de saúde sobre a importância da alimentação no processo cicatrização 90,8%, sendo que 79,6% referiram que as orientações foram realizadas pelo médico. Os participantes foram considerados sedentários, pois 95,% referiram não praticar atividade física devido à dor nos membros inferiores. Em relação as atividade de lazer 50,8% dos entrevistados referiram não realizar nenhuma atividade de lazer devido à presença da UV,64,6% referiu não ter atividade sexual ativa, 41,6% dos entrevistados referiram que o serviço de saúde é ruim e precisa melhorar. Discussão: Os indivíduos com UV sofrem estigma, preconceitos e rejeição. Necessitam de tratamento e acompanhamento mais adequado para a diminuição das complicações decorrentes da UV. A falta de material adequado para realização dos curativos e o despreparo dos profissionais podem estar associados ao longo tempo de tratamento e dificuldade de cicatrização. Conclusões: Este estudo identificou a necessidade do equilíbrio dos fatores como biologia humana, ambiente, estilo de vida e organização dos serviços de saúde, que interferem diretamente na cicatrização das UVs. O tratamento necessita de modificações de forma especial na organização dos serviços de saúde com participação ativa dos indivíduos com UV assim como dos profissionais envolvidos no cuidado.