Caracterização do perfil de linfócitos T no desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 em ratos Goto-kakizaki

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Manoel, Richelieau lattes
Orientador(a): Gorjão, Renata lattes
Banca de defesa: Gorjao, Renata lattes, Masi, Laureane Nunes lattes, Martin, Anna Karenina de Azevedo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde
Departamento: Departamento 1
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/906
Resumo: A resistência periférica à ação da insulina (RI) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) apresentam prevalência elevada em pacientes obesos. Contudo, um número elevado de pacientes não obesos apresenta DM2. Os ratos Goto-Kakizaki (GK) desenvolvem quadro bem definido de RI e DM2 sem apresentarem obesidade. A caracterização da resposta imunológica destes animais e em seres humanos nestas condições, ainda não está elucidada na literatura. Portanto, o objetivo deste estudo é caracterizar o processo de diferenciação de linfócitos T durante o desenvolvimento do DM2 em ratos Goto-Kakizaki, a fim de determinar se alterações nas subpopulações de células Th, podem estar associadas à gênese do diabetes mellitus tipo 2 em condição de ausência da obesidade. Alterações no padrão de expressão de genes envolvidos com diferenciação celular de linfócitos de ratos GK com 21, 60 e 120 dias após o nascimento foram avaliadas. Os linfócitos foram isolados dos linfonodos mesentéricos destes animais após a eutanásia. Nos linfócitos foram avaliados: expressão de GLUT1 na membrana de linfócitos T por citometria de fluxo; capacidade proliferativa dos linfócitos T e análise de expressão dos genes de fatores de transcrição (Foxp3, GATA3 e T-bet) e das citocinas (TGF-beta, TNF-alfa, IL-10 e INF-gama) envolvidos no processo de diferenciação de linfócitos por PCR em tempo real. Observamos no teste de tolerância à glicose e teste de tolerância à insulina, um aumento dos níveis de glicemia no grupo GK, assim como da área sob a curva, mostrando possível resistência à insulina nos animais de 21, 60 e 120 dias. Já em relação à expressão de GLUT1, existe um aumento nos animais do grupo GK, no estado basal, em todas as idades. Quando realizamos a razão dos valores de células GLUT1+ na condição de estímulo com PMA e Ionomicina pelo basal, observamos um maior valor no grupo GK em relação ao grupo Wistar (Controle). Na análise da expressão de genes envolvidos com diferenciação de linfócitos, observamos menores valores de GATA-3 no grupo GK em todas as idades em relação ao Wistar (Controle). Para o Foxp3 (células Treg) observamos uma menor expressão no grupo GK, em relação ao Wistar de 21 dias. Para o T-bet (células Th1), observamos aumento para o grupo GK, em relação ao Wistar apenas com 120 dias. Para o TNF-α, observamos aumento no GK com 60 e 120 dias. Já para o INF-γ, observamos maior expressão para o GK em todas as idades. Em conclusão, podemos afirmar que nos animais GK recém desmamados (21 dias) observamos redução de marcadores de resposta antiinflamatória Th2 (Gata-3 e IL-10) e Treg (Foxp3 e IL-10), indicando que redução de mecanismos imunossupressores no início da vida do animal pode favorecer respostas pró-inflamatórias em fases posteriores da vida. Isto porque, a expressão de citocinas de perfil Th1 está aumentada em animais de 60 e 120 dias.