O potencial de matéria escura na evolução dinâmica de galáxias esferoidais anãs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castro, Matheus Marques de lattes
Orientador(a): Lanfranchi, Gustavo A.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Astrofísica e Física Computacional
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2185
Resumo: Todas as galáxias esferoidais anãs clássicas são caracterizadas pela baixa quantidade de gás neutro, porém os processos responsáveis pela remoção do seu conteúdo gasoso ainda são debatidos na literatura, podendo ter origem interna (feedback estelar), externa (pressão de arrasto, força maré, etc.), ou mesmo uma combinação dos dois efeitos. Independente do mecanismo atuante na perda do gás, o potencial gravitacional da galáxia desempenha um papel importante em tal processo, atuando no sentido contrario à perda. Um componente importante no potencial gravitacional de galáxias anãs é o halo de matéria escura, que o domina. A fim de compreender como se dá a remoção do conteúdo gasoso de galáxias anãs esferoidais ao longo do tempo, foram feitas simulações hidrodinâmicas tridimensionais não cosmológicas de uma galáxia modelo (a galáxia esferoidal anã Ursa Minor - UMi) adotando diferentes cenários para a massa do halo de matéria escura. Os efeitos desse potencial na evolução dinâmica do meio interestelar da galáxia foram analisados levando em conta o feedback de supernovas do tipo II e do tipo Ia e o outflow de um buraco negro de massa intermediária (IMBH) separadamente. Os resultados indicam que, além de dificultar a perda de massa, diminuindo a quantidade de gás perdido no final da simulação, os casos com potencial de matéria escura mais maciços também influenciam a distribuição da densidade inicial de gás e a distribuição espacial das supernovas do tipo II ao longo do tempo e ainda impedem a propagação do outflow de um buraco negro central e o surgimento de uma estrutura de jato. Ao final da simulação levando em conta apenas o feedback das supernovas, o caso com Mh = 3, 05 × 109 M perde aproximadamente 8 vezes mais gás que o caso com Mh = 1, 82 × 1010 M.