Seguimento do recém-nascido prematuro: um desafio para as ações de promoção de saúde na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Domitila Natividade Figueiredo lattes
Orientador(a): Santos, Branca Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Dupas, Giselle lattes, Zaia, José Eduardo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/584
Resumo: O objetivo do estudo foi analisar o seguimento de recém-nascidos prematuros (RNPT) em um ambulatório específico para essa clientela, de um município do interior do estado de São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo, a partir de dados obtidos dos prontuários de 89 RNPT cadastrados e em seguimento no ambulatório e de dados obtidos por entrevista com as mães. Pelos dados relacionados aos RNPT, observou-se que 47,2% eram do sexo feminino e 52,8% do masculino; a maioria com idade gestacional de 23 a 31 semanas, com peso de 1000 a 1500 gramas e 71,9% nasceram de cesárea. Os dados maternos apontaram para maioria de primíparas, 13,0% com idades entre 15 e 19 anos e 10,9% com mais de 36 anos, situação conjugal estável, bom nível de escolaridade, renda familiar entre um e cinco salários mínimos. Constatou-se que 98,9% fizeram pré-natal, geralmente com início no primeiro trimestre. Quanto aos fatores de risco maternos e fetais para a prematuridade, destacou-se a ocorrência de infecção urinária, pré-eclâmpsia, gemelaridade, amniorrexe prematura, anomalias congênitas, sofrimento fetal, oligoidrâmnio e poliidrâmnio. Da amostra pesquisada, 53,9% apresentou algum tipo de complicação perinatal, sendo as mais observadas: icterícia grave, 45,8% e hipóxia ou anóxia, 33,3%. Referente ao Apgar, 47,2% de RNPT apresentou índice menor que sete no primeiro minuto de vida, 21,4%, continuou com menos que sete no quinto minuto. Em relação às complicações pós-natais observou-se um significativo número de sepse, displasia bronco-pulmonar e síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. O maior número de RNPT, 52,8% permaneceu internado de sete a 29 dias, em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e no berçário neonatal (BN) e durante a internação foram submetidos a vários procedimentos necessários à sua sobrevivência, dentre eles: assistência ventilatória, nutrição parenteral e administração de medicamentos (antimicrobianos e surfactante). Em relação ao seguimento ambulatorial os resultados demonstraram que do total da amostra, 52,8% estavam em acompanhamento entre 13 e 22 meses e apresentavam idades entre 15 e 24 meses, com periodicidade de consultas mensais, indicando acompanhamento adequado, e 95,5% foram encaminhados para avaliação por especialistas. Embora os resultados obtidos a partir da entrevista com as mães tenham demonstrado um nível significativo de satisfação relacionado ao atendimento e orientações recebidas, o seguimento ambulatorial do RNPT ainda é um desafio para gestores de saúde e equipe multidisciplinar na atenção básica, uma vez que demanda envolvimento e capacitação técnica constante para o desenvolvimento de ações de promoção de saúde a essa clientela vulnerável a complicações a curto e longo prazos.