Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luis Gabriel Abravanel dos
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Orientador(a): |
Fernandes, Bruno Henrique Rocha
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Positivo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2797
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Resumo: |
Este estudo visa compreender a relação longitudinalmente entre as práticas de gestão de pessoas, clima e performance organizacional. O arcabouço teórico é sustentado pela Visão Baseada em Recursos. O campo de estudo é composto por 53 empresas que fazem parte da Bovespa e foram classificadas entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada anualmente desde 1997 e coordenado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) desde 2006. A base de dados compreende o período de 2009 a 2012. O investimento em gestão de pessoas, aproximado pelo constructo High Performance Work System, foi a variável independente (HPWS). As HPWS foram mensuradas quantitativamente por meio de dados secundários, coletados pelo banco de dados da FIA. A variável HPWS foi composta de 42 questões que foram respondidas pelos gestores de recursos humanos e diretores das empresas em cada um dos anos analisados, de 2009 a 2012. O desempenho organizacional foi considerado a partir do preço sobre o lucro das ações, ou P/L (Price Earnings Ratio ou PER), que é o preço das ações de uma empresa dividido pelos lucros da empresa por ação, o Market Share, que representa a participação de mercado dentro dos subsetores da Bovespa, e o lucro antes dos impostos (Earnings before taxes). Esses dados foram obtidos por meio da base de dado da Economatica. O clima organizacional foi uma variável moderadora e foi dividido em dois construtos, consideradas a revisão da literatura e análise fatorial realizada: o ajuste entre o empregado e a empresa (Person-Organization Fit) e o ajuste entre entre empregado e sistema de gestão (Person-Supervisor Fit). Os questionários referentes a clima organizacional continham 64 questões e foram respondidos por uma porcentagem significativa de funcionários (pelo menos 10%) e não apenas pelos gestores, como na variável HPWS. Foram utilizadas duas variáveis de controle: (1) A razão entre o valor de mercado total da Bovespa e o PIB brasileiro, para isentar fatores macroeconômicos na análise; (2) contratações de funcionários por ano, que pretende controlar o crescimento da empresa e de seu tamanho. Os resultados mostraram que investimentos na área de gestão de pessoas impactam na performance organizacional, mensurada por meio de indicativos de mercado de ações (PER) e pela participação no mercado (Market Share). Essa relação é fortalecida quando há um clima organizacional favorável, tomado em termos de bom relacionamento dos trabalhadores com suas respectivas empresas (PersonOrganization Fit) e com sua chefia (Person-Supervisor Fit). Esta relação demonstrouse válida ao longo do tempo, como comprovou a análise longitudinal de dados em painel. A variável Earnings before taxes é correlacionada com o investimento em gestão de pessoas, mas não é moderada pelo clima. Porém, essa relação não esteve presente em todos os anos da amostra em separado. Recomenda-se a realização de pesquisas multiculturais que levem em conta os setores de atuação das empresas; estudos qualitativos que aprofundem o porquê destas relações; o exame de outras variáveis de desempenho organizacional além de PER e Market Share |